sábado, 24 de janeiro de 2009

Cristãos enfrentam forte perseguição na Índia


ÍNDIA (30º) - Cristãos no pequeno distrito de Dahod em Gujarat estão sendo perseguidos pelo grupo fundamentalista Hindutva desde o começo de dezembro. Houve, pelo menos, dois ataques confirmados na comunidade cristã em 13 e 26 de dezembro. Há cerca de 80 igrejas Shalom (que pertencem ao ministério Shalom) somente em Dahod. A maior parte reune-se em casas, e não são registradas como igrejas. Quando têm templos, são construídos com a permissão do proprietário da terra e do chefe do distrito. Os líderes da igreja são nativos e preferem a bhakti mandali (igreja doméstica indiana) do que uma típica igreja no modelo ocidental.

De acordo com um contato na missão Shalom, “Em 13 de dezembro de 2008, um programa de Natal chamado “Natal de compaixão” foi organizado por uma dessas igrejas na vila de Jeri. Jeri fica a 35 quilômetros de Dahod. Naquele dia, o RSS (grupo extremista hindu) bloqueou a estrada para essa cidade, e já esperávamos algum problema. Encerramos o programa por volta das 14 horas. Ficamos com medo de um grupo de defensores do RSS quando os vimos entrar na cidade. Felizmente, a polícia de Dahod chegou e foi ao nosso encontro”.

Em 25 de dezembro de 2008 outro incidente ocorreu na vila de Devalaya. Enquanto os convertidos estavam regressando do culto de Natal, o mesmo grupo que atacou os cristãos em Jeri, também os perturbou. As moças cristãs foram ofendidas pelo grupo. Por volta das três da tarde, um grupo de 40 defensores do RSS foram até Devalaya, entraram nas casas dos convertidos e os espancaram brutalmente. Mais tarde, os cristãos foram até a delegacia para fazer um boletim de ocorrência e informar a polícia sobre o que havia acontecido. Ao contrário do que se esperava, o encarregado, Sr. Abey Singth, ofendeu os convertidos e abriu um processo contra eles, sob a acusação de forçarem conversões.

A missão Shalom contou que “No dia 26 de dezembro, todos os cristãos da igreja foram presos. Nosso evangelista local foi convocado e incomodado pela polícia diversas vezes. Entretanto, no dia 28, pagamos a fiança de todos eles”. Esses acontecimentos não interromperam a pressão sobre os cristãos na área. Em dois de janeiro de 2009, a polícia prendeu outro evangelista local, juntamente com dois anciãos da igreja, e abriu um processo contra eles, sob o pretexto de um ato anticonversão. Eles foram afiançados novamente pela missão Shalom. A polícia local informou que a razão da prisão foi a pressão exercida pelo inspetor geral.

A missão Shalom relatou que “Em três de janeiro, quando o evangelista e os dois anciãos foram assinar o registro na delegacia, o senhor Abey Singth, inspetor local, já havia chamado a mídia local para cobrir o incidente. No mesmo dia, a TV local relatou o acontecido de uma maneira muito preconceituosa. Em quatro de janeiro, o RSS e seus afiliados realizaram uma reunião em uma vila próxima, chamada Salapada, e então ordenaram que os cultos cristãos da área fossem interrompidos e que todos os convertidos deveriam ser investigados.

O processo e a agitação duraram até o dia seguinte. A situação continua tensa. Os defensores do RSS ameaçaram destruir as igrejas da área. Pelo menos três igrejas são alvos imediatos e correm grande risco.

Existem cerca de 12 igrejas Shalom na área, mas a violência pode afetá-las também. Estamos certos sobre as intenções deles, mas não sobre os ataques. Pedimos suas orações para que Deus proteja os cristãos em Dahod. Ore também por Bundiya e Vesiya Bhai, os líderes locais do RSS que incitam o ataques aos cristãos.

Tradução: Deborah Stafussi


Fonte: Missão Portas Abertas

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Pastoral - Pr. Sandrino Siqueira


AMARRANDO A LÍNGUA - 1º parte


Nossa língua tem proferido bênção e/ou maldição? Tiago diz que “... não é conveniente que essas coisas sejam assim” (3:10). Pois, é. Aquele que não tropeça no falar é varão perfeito. É capaz de refrear também todo o seu corpo. Gary Haynes, no seu livro “O Poder da Língua”, diz que “o problema é que muitas pessoas se convertem, mas esquecem-se de converter a língua junto com elas. Então, continuam permitindo que suas bocas sejam uma fonte de subversão e arraso.” Proferem palavras falsas e maliciosas. Não devemos agir assim. Há palavras de destruição, como também há palavras que transformam e abençoam vidas. A vida está no poder de nossa língua, se a usarmos de maneira correta.
Precisamos entender que palavras podem destruir, quando usadas de forma errada, como está escrito em Provérbios 11:9 “o hipócrita com a boca destrói o seu próximo...”. Diz o Senhor: “Não andeis como mexeriqueiro entre o teu povo: não atentarás contra a vida do teu próximo...” (Lv 19:16). É aquele que narra segredos a fim de intrigar, comentar e fazer escândalo. Mexeriqueiro, no hebraico, significa rãkhíl – mercador. Um tipo de camelô que leva mercadorias de pouco valor pelas ruas afora; no caso, são escândalos e mentiras.
Outro poder destruidor é a murmuração. Pode ser muito perigosa! Repare a exortação do apóstolo Paulo aos Coríntios: “e não murmureis, como também alguns deles murmuravam, e pereceram pelo destruidor.” (I Co 10:10). Quem murmura deixa de enxergar os cuidados de Deus, a presença do outro e os momentos belos da vida. Continua...
Pr. Sandrino Siqueira

NOVA DIRETORIA ELEITAS NA 89ª ASSEMBLEIA DA CBB


Nova diretoria da CBB para 2009-2010

Na 89ª Assembléia da Convenção Batista Brasileira realizada em Brasília, de 16 a 20 de Janeiro de 2009, foi eleita a nova diretoria da CBB para o mandato de 2009 a 2010. Na foto, da direita para a esquerda: Presidente - Josué Mello Salgado (DF); 1º vice-presidente - Lyncoln Pereira Araújo (PE); 2ª vice-presidente - Alzira Maria Bittencourt de Araújo (ES); 1º secretária - Iracy de Araújo Leite (PE); 2º secretário - João Marcos Soren (RJ); 3º secretário - Ney Silva Ladeia (PE); 4º secretário - Julio Oliveira Sanches (SP). Não está na foto o 3º vice-presidente - Miquéias da Paz Barreto (PE).

Fonte: Jornal Baista

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Os Batistas em Brasília


A organização das primeiras células do trabalho batista em Brasília teve início com a chegada dos primeiros trabalhadores – operários, mecânicos, professores, médicos, empresários e pastores cristãos batistas – ao Distrito Federal, a partir de 1956, os quais, movidos pela Grande Comissão (Mt 28.19-20) procuraram se reunir para cultuar a Deus e proclamar a mensagem do Evangelho de Cristo na nova capital da Republica.

OS PRIMÓRDIOS

Alguns destes fatos iniciais merecem ser relembrados:

(a) O primeiro culto celebrado pelos batistas. Planejada uma missa (pela igreja católica) para celebrar o início da construção, antes da realização desta foi celebrado um culto a Deus, dirigido pelos pastores batistas Elias Brito Sobrinho, Silas de Brito Lopes, Marcelino Cardoso e James Musgrave Jr., no local histórico do Cruzeiro no Eixo Monumental, em 30 de novembro de 1956 (Berry, Edward G. Os batistas em Brasília, Juerp, 1963, 14).

(b) O primeiro batista residente em Brasília – Jorge Dias Lima. O pernambucano Jorge Dias Lima foi o primeiro batista a se radicar em Brasília, no Núcleo Bandeirantes, chegando em 4 de dezembro de 1956. Era mecânico de profissão e ali adquiriu dois caminhões e começou a prestar serviços na construção da capital. (Berry, Edward G. Os batistas em Brasília, 14-15). Nos finais de semana, Jorge Dias Lima pregava o Evangelho, inclusive tendo comprado horário no programa radiofônico semanal, com esta finalidade. Jorge Lima era evangelista leigo e servira nessa condição no sertão de Pernambuco entre 1946 e 1950, com base em Salgueiro, dirigindo congregações da região (O Evangelizador, outubro 1946 e julho 1947). Depois de alguns anos em Brasília, a morte do filho Josafá Lima, o primeiro batista sepultado em Brasília, levou-o a mudar-se para Barreiras (BA), onde continuou seu trabalho de evangelista leigo.

(c) O primeiro médico de Brasília – dr. Isaac Barreto Ribeiro, um batista. O médico Isaac Ribeiro chegou a Brasília em janeiro de 1957, para servir na área de saúde, mas com o projeto pessoal de pregar o Evangelho de Cristo, posto que era também um evangelista ardoroso e um crente fidelíssimo. Ele foi o primeiro presidente da Associação Médica de Brasília e membro fundador da PIB Brasília (Berry, Edward G. Os batistas em Brasília, 17).

(d) A primeira Escola Bíblica Dominical em Brasília. Chegando a Brasília, em 27 de janeiro de 1957, o pr. James Musgrave Junior e o comerciante Valdemar Magalhães, no dia 3 de fevereiro de 1957, já realizaram a primeira EBD, com a presença de 19 alunos, no barracão do Expresso Universo, cujo proprietário era batista. (Berry, Edward G. Os batistas em Brasília, 17-18).

(e) A primeira escola primária de Brasília. A profª Anahir Pereira da Costa, batista, chegou ao Núcleo Bandeirante, em Brasília, em 26 de março de 1957, e no dia 1º de abril de 1957 abriu a escola primária com todas as séries até a admissão ao ginásio do Instituto Educacional de Brasília.

As igrejas batistas de Brasília (diríamos melhor, do Distrito Federal) são frutos dessa pequena semente que germinou e deu origem às igrejas batistas no Distrito Federal, na ordem cronológica da organização:

1- A Primeira Igreja Batista de Brasília (DF). Organizada em 7 de setembro de 1957, teve origem na congregação formada em 3 de fevereiro de 1957, pelo pr. James Musgrave Junior, com apoio de 19 pioneiros, liderados por Edistio Fernandes e Josias Nogueira, entre os quais Anália e Antonio Cassiano, Angélica e Artur Ribeiro, Josefina e Jorge Dias, Guiomar Fernandes, Pedro Brito, Saul Ribeiro, João Cardoso, Lolita Ribeiro, Malvina e José Brito, Gilda e Sebastião Cruz e Anahir e Isaac Ribeiro.

O pr. Elias Brito Sobrinho, da PIB de Anápolis (GO), foi convidado para dirigir a agência do Reino de Deus que se formava. O desenvolvimento foi apoiado pela CBB, através dos veteranos pastores Manoel Avelino de Souza, João Soren, J.J. Cowsert, William Berry e Edgar Hallock, o que levou à organização em igreja, a 22 de julho de 1960, com 23 membros, com o nome de PIB de Brasília, ocasião em que foi eleito pastor Elias Brito Sobrinho (Berry, Edward G. Os batistas em Brasília, Juerp, 1963, pp. 17-22).

A PIB de Brasília se desligou da CBB, em razão da decisão desta sobre o Movimento Renovação Espiritual (1966), e mais tarde integrou a Convenção Batista Nacional (CBN). Hoje os batistas da CBB e os batistas da CBN trabalham para o progresso do Reino de Deus, os dois grupos filiados à União Batista Latino-Americana (UBLA) e à Aliança Batista Mundial (WBA).

2- A Primeira Igreja Batista de Sobradinho (DF). Organizada em 8 de dezembro de 1959, com 37 membros, adotou o nome de IB do Planalto. Sua origem está na congregação da PIB Brasília, na Vila Planalto. Organizada igreja, escolheu para dirigi-la o pr. José Leitão de Albuquerque, que a conduziu na mudança para cidade de Sobradinho, em razão da criação do lago Israel Pinheiro (Paranoá), mudando o nome para PIB de Sobradinho (1961). A PIB Sobradinho, pouco depois, organizou a 2ª IB de Sobradinho (1961) (Berry, Edward G. obra citada, pp. 25-26).

3- A Primeira Igreja Batista de Taguatinga (DF). Organizada em 6 de janeiro de 1960, com 32 membros, que compunham a congregação da PIB Brasília, no Núcleo Bandeirante, dirigida pelo evangelista Darcy Guilherme dos Reis, à margem da rodovia Brasília–Anápolis. Mudando-se a congregação para Taguatinga, foi organizada igreja em 6 de janeiro de 1960, com o nome de PIB Taguatinga, elegendo para dirigi-la o pr. João Francisco Santiago. A PIB de Taguatinga cresceu de forma impressionante e organizou a Segunda, a Terceira e IB Central de Taguatinga (1961) (Berry, Edward G. obra citada, pp. 26-27).

4- A Primeira Igreja Batista de Alexânia (GO). Organizada em 31 de março de 1960, com 32 membros, que compunham a congregação da PIB Brasília em Alexânia, dirigida pelo pr. Gedeon de Oliveira Antunes auxiliado por sua esposa Hulda. Embora situada fora dos limites geográficos do Distrito Federal, teve origem na PIB Brasília e sempre esteve vinculada às igrejas do Distrito Federal (Berry, Edward G. obra citada, pp. 27-28).

5- A Igreja Memorial Batista de Brasília (DF). Organizada em 22 de julho de 1960, tendo esta igreja, filha da PIB Brasília, uma origem singular: um cristão batista, Maxey Jarman, diácono de igreja da Convenção Batista do Sul (EUA), industrial, tomando conhecimento da construção da nova capital brasileira, doou 300 mil dólares para a edificação de um templo, como memorial à obra batista. Não havendo trabalho batista no Setor Eclesiástico de Brasília, foi nomeada uma comissão composta de três membros da PIB Brasília, três da Missão Batista do Sul e três membros da CBB, e eleito relator o veterano missionário William H. Berry. A cessão do terreno na Avenida W-4, hoje Quadra 40, era gratuita, mas os batistas fizeram questão de pagar o preço, respeitando o princípio de separação entre Igreja e Estado. A pedra fundamental foi lançada em culto solene, em maio de 1959, na presença de batistas de Brasília e do Rio de Janeiro, sendo pregador o pr. José de Souza Marques. Um concurso para o projeto foi vencido pelo arquiteto engenheiro J. Walfredo Thomé, que se transferiu para o Distrito Federal e, concluído o trabalho, permaneceu residindo na cidade, como membro da IMB de Brasília.
A Igreja Memorial Batista de Brasília foi organizada em 22 de julho de 1960, com 47 membros, escolhendo como seu primeiro pastor o missionário James Musgrave Jr, que já dirigia a congregação. O sermão oficial foi proferido pelo pr. João Filson Soren, da PIB Rio de Janeiro. Nesse mesmo dia, com a presença de pastores e dirigentes da CBB, foi organizada a Convenção Batista do Distrito Federal (Berry, Edward G. obra citada, pp. 30-33).
A Convenção Batista do Distrito Federal (CBDF) foi organizada em 22 de julho de 1960, composta pelas igrejas pioneiras: (a) PIB de Brasília; (b) PIB em Taguatinga; (c) PIB em Alexânia; (d) IB do Planalto (depois PIB Sobradinho); (e) IMB de Brasília. Os membros das suas igrejas fundadoras somavam 358 cristãos batistas. O orador oficial foi o pr. João Filson Soren, da PIB Rio de Janeiro. Na mesma oportunidade foi organizada a Assembleia de Senhoras da CBDF. Na primeira Assembleia, a CBDF elegeu como dirigentes: pr. Elias Brito Sobrinho – presidente da Convenção; pr. William H. Berry – presidente da Junta Executiva; pr. James E. Musgrave Jr. – secretário geral. Uma das primeiras deliberações da assembleia foi destinar 50% do Plano Cooperativo para o trabalho denominacional externo (CBB) (Berry, Edward G. obra citada, pp. 30-33).
Hoje a CBDF é composta por 123 igrejas e 63 congregações, com mais de 20 mil membros. A sua última assembleia convencional foi realizada nos dias 28 a 30 de agosto de 2008, no templo da IB Sião, em Taguatinga, sob a presidência do dc. José Julio dos Reis e a Assembleia do Jubileu (50ª.) será realizada no templo da IMB de Brasília, em agosto de 2009.

A Deus Pai, a Deus Filho e ao Espírito Santo toda honra, louvor e adoração, agora e sempre. Amém!

FRANCISCO BONATO PEREIRA - Pesquisador da História dos Batistas, pastor da IB de Siriji (PE)

Países perseguidos e a posse de Obama


INTERNACIONAL - Ontem, a mídia e os sites mais importantes da China cobriram ao vivo a cerimônia de posse de Barack Obama em Washington. Na internet, o discurso completo está disponível em inglês, mas a tradução chinesa eliminou passagens consideradas “incômodas” para o governo.

Os censuradores atacam três trechos em particular, quando o presidente dos Estados Unidos menciona que “gerações passadas enfrentaram o facismo e o comunismo não com mísseis e tanques, mas com alianças vigorosas e convicções duradouras”. A frase inteira foi retirada da versão publicada pela agência estatal Xinhua e pela Netease, um site popular entre os usuários chineses. A segunda referência explícita de Obama aos líderes mundiais que “colocam a culpa das desgraças da sociedade no Ocidente” também foi omitida. O terceiro trecho obstruído pela censura foi quando ele falou sobre “aqueles que chegam ao poder através da corrupção, fraude e calam os discordantes”, que, segundo ele, escolheram o “lado errado da história”.

Na China Central Television, o principal canal de TV nacional, a transmissão ao vivo era interrompida todas as vezes que Obama fazia referência ao comunismo.

Nenhuma notícia sobre a posse de Obama veio da Coreia do Norte, onde a mídia nacional estava preocupada em cobrir a viagem do ministro à Guinea. O Irã também deu preferência a uma manifestação que aconteceu em Tehran em favor da população palestina. O jornal conservador Kayhan Daily chamou Obama de Sionista (alguém que apoia a repatriação dos judeus em Israel), e nuvens continuam a se juntar no horizonte das relações entre os dois estados, principalmente enquanto a questão nuclear do Irã continuar aberta.

Não há nenhum comentário da junta militar de Mianmar, enquanto a oposição alimenta a esperança de uma posição concreta do novo presidente contra a ditadura militar que governa com punho de ferro. No Afeganistão, o Talibã, que alegava “não ter problemas pessoais com Obama”, alertou o presidente a “aprender lições com os soviéticos” e retirar as tropas do país, deixando aos afegãos a tarefa de “decidir o futuro da nação”.

Na Rússia, o primeiro-ministro Vladimir Putin não escondeu seu ceticismo ao notar que “as mais amargas decepções normalmente resultam de grandes expectativas”. O presidente Israelense Ehud Olmert estava otimista, apesar de dizer que sob o governo de Obama, “iniciativas comuns serão tomadas para promover a estabilidade no Oriente Médio”.

Na Indonésia, onde passou parte da infância, a posse de Obama foi recebida com comemorações e festas nas ruas, enquanto o presidente Susilo Bambag Yudhoyono previa que Obama “tem potencial para enfrentar a crise mundial”. A Tailândia também utilizou a medida financeira para examinar a nova administração americana. Enquanto isso, a Malásia pediu mais atenção para o “sudeste da Ásia”, há muito tempo ignorado por seu antecessor. Especialistas em política na Índia encorajaram Obama a continuar “no caminho do diálogo”, já deixado de lado pelo governo Bush.

Tradução: Deborah Stafussi


Fonte: AsiaNews

Pastoral - Pr. Sandrino Siqueira


A IGREJA E SUA MISSÃO


Nesses últimos anos, como “evangélicos” no nosso país, crescemos de forma abençoadora e ao mesmo tempo, de maneira assustadora. A grande quantidade tem colocado em risco a nossa identidade quanto povo cristão evangélico. Há cerca de 44 mil denominações, segundo o IBGE (2000), ou seja, existe um verdadeiro pluralismo denominacional. São práticas e costumes que se misturam, fazendo com que percamos a missão como igreja de Jesus. O fator mais importante na determinação da função da igreja é sua identidade ou auto imagem.

A igreja é uma comunidade de fé baseada na aceitação do outro. A igreja existe porque existem seres humanos; que se amam, reconhecem o seu pecado e se perdoam. Temos como desafio revelar o Cristo em nossas ações e relações – “pois, onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles” (Mt 18:20), disse Jesus. O homem é um ser social. Não fomos feitos para uma vida solitária. Somos diferentes quanto as nossas experiências. Porém, somos um no corpo de Cristo, com funções diferentes. É a diversidade na unidade. A unidade em termos de salvação – “só através de Jesus”! A diversidade tem a ver com a experiência individual diante da cruz. Diversidade na expressão, diversidade na emoção.

A igreja existe para servir ao homem que, por sua vez, existe em um contexto social. Prezamos pelo princípio da separação entre Igreja e o Estado. A igreja tem a missão de restaurar a integridade funcional do ser humano. Martin Buber, filósofo judeu contemporâneo, fala sobre a relação Eu – Tu e Eu – Coisas, dizendo que “devemos amar as pessoas e usar as coisas”. Quando invertemos essa ordem, perdemos a noção da dignidade humana e dos valores transcendentais da igreja. A igreja do Cristo tem como propósito a comunhão, serviço, ensino, proclamação do evangelho e a adoração. A nossa igreja precisa ser relevante em nossa comunidade local.

Ora, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo.” (I Co 12:12). Um abraço a todos!

Pr. Sandrino Siqueira Sales