sábado, 10 de janeiro de 2009

FELIZ 2009... FELIZ VIDA NOVA EM CRISTO JESUS!


Outra coisa nos importuna. Entra ano, sai ano, e tem muita gente fazendo remendos na vida. A velha roupa da nossa vida, pecadora e egoísta, não deve ser remendada. Cristo exclui qualquer obra reparadora. Precisa haver regeneração ou a produção de uma nova roupa ou criatura. Jesus disse: “Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho; porque o remendo tira a parte do vestido, e fica maior a ruptura”. Jesus usou a figura do vestido remendado para realçar seu ensino sobre a natureza do Reino. Esse pedaço de pano novo não serve de remendo ao vestido usado, pois, no primeiro esforço, rasgaria o tecido ao redor e resultaria em ruptura ainda pior. O vestido velho é a vida comum no pecado. O vestido novo é a vida de santidade, usada pelo novo homem em Cristo. Não podemos servir a dois senhores; seguir ao mundo e a Jesus ao mesmo tempo. A vida cristã exprime a simplicidade e singeleza de coração buscando a santidade.
Feliz 2009?! Percebemos que o ano novo não notifica vida nova. A vida nova dar-se-á quando nascemos da água e do espírito. Jesus disse a Nicodemos que é preciso haver confissão, arrependimento e uma nova vida a partir do novo espírito. É mudança de mente! Em segundo plano, a vida nova dar-se-á quando negamos o nosso eu a cada dia. Jesus também disse que “aquele que quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e me siga”. Isto é demonstração de renúncia, sofrimento e vitória na Cruz! Em seguida, o apóstolo Paulo nos ensina que “aquele que está em Cristo é nova criatura; as coisas velhas ficaram para trás; eis que tudo se fez [está se fazendo] novo”. É verdade que o “ano findo nunca mais veremos”. E como diz o escritor João Gomes, “que a cada dia Cristo, o Guia, nos renove o coração; temos gozo, bom repouso, confiando em sua mão”. Feliz vida nova em Cristo Jesus. Viver é Cristo!

Pr. Sandrino Siqueira Sales

Recordando o Pr. Soren


Um centenário é uma efeméride que sempre nos traz reminiscências. Está findando o ano e não quero deixar de fazer referência ao Centenário do pr. João Filson Soren, este ícone importantíssimo não só dos batistas brasileiros, mas também de todos os evangélicos. Neste artigo, desejo ressaltar o quanto o admirávamos. A PIB do Rio comemorou o Centenário de nascimento do dr. Soren, tendo pregado naquela ocasião o pr. Israel Belo de Azevedo.

Admirava-se-lhe seu porte correto no púlpito. Diz-se que bastava Joaquim Nabuco levantar-se para discursar, e já era um exórdio cativante. É que sua figura atraente, sua imponência, faziam-no respeitado e acatado. Soren era assim. Sua postura no púlpito dava-lhe solenidade e respeito. Seus sermões eram sempre profundos e cheios de unção.

Admirava-se-lhe também a voz metálica, a eloqüência e a retórica. Era grande ledor de Rui Barbosa, o primoroso orador, cuja palavra inflamava as multidões. Soren arrebatava. Quando a Aliança Batista Mundial comemorou, em 1955, em Londres, o seu cinqüentenário, Soren foi o orador da solenidade. Os que o ouviram encantaram-se com a mensagem. Foi também o orador da Aliança quando comemorou seu centenário, em Londres, fazendo o Coronation Adress.

Admirava-se-lhe como professor. Ele pontificou como mestre que sabia não só transmitir conhecimentos que lhe cabia apresentar, mas também como mestre que impregnava a mente e a alma do discípulo de ideais alcandorados, deixando-os com marcas indeléveis de sua forte personalidade.

Admirava-se-lhe o seu acendrado patriotismo. Foi ele o primeiro capelão evangélico brasileiro a seguir com a FEB para a Segunda Guerra Mundial. Sua atuação ali entre os nossos “pracinhas” foi de grande importância. Sua contribuição à FEB foi muito relevante. Ao retornar, criou, com os veteranos de guerra a organização CONFRATEX, que até hoje existe. Dois marechais, reconhecendo sua grande obra, teceram-lhe muitos elogios que foram publicados em documentos do Exército Brasileiro.

Admirava-se-lhe a liderança nata, segura, brilhante. Foi, por 11 vezes, presidente da Convenção Batista Brasileira. Foi reitor do Seminário do Sul, por quatro anos. Em 1960, foi eleito presidente da Aliança Batista Mundial e foi o grande intérprete de Billy Graham, no Maracanã, naquela ocasião.

E, por remate, devo ressaltar aqui a vida que foi gasta, por 50 anos, como pastor da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro, deixando um exemplo eloqüente de pastor autêntico que podia se inspirar no hino “Olhando para Cristo” (CC 570), de sua lavra, cujo estribilho cantamos sempre.

“Olhando para Cristo, grande autor da Salvação, Prossigo, pois avisto soberano galardão. De Deus ministro me revisto do poder do meu Senhor para servi-lo com todo ardor.”

Que a memória do pr. Soren, que nos é tão grata, seja sempre preservada e honrada por quantos tiveram a ventura de conviver com ele.



EBENÉZER SOARES FERREIRA

Secretário executivo da ABIBET, diretor geral do STB de Niterói (RJ)


ebenezersf@uol.com.br

Ser Batista


Ninguém nasce cristão, ninguém nasce batista.

Ser cristão e ser batista resulta de decisões que devem ser muito bem pensadas, tomadas de forma autônoma e consciente, pois implicam em radicais compromissos de vida.

Nasci no que se costuma chamar de “um lar católico”. Católicos eram meus pais e todos os meus familiares. Uma família católica.

Quando decidi (veja, eu disse decidi, o que implica em opção autônoma) ser um cristão batista, a resistência e até oposição que encontrei foi grande. Pudera! O engajamento da família na Igreja Católica podia ser assim mostrado: um primo era reitor de um Seminário Maior no Nordeste, dois outros estavam estudando no Vaticano. Promovido a cônego, um primo tornou-se o pároco da Catedral Metropolitana de Maceió. As mulheres, em sua maior parte, participavam da organização chamada “Filhas de Maria”. Eu mesmo, já fora presidente da Cruzada Eucarística e até já havia ajudado na celebração de missas.

Foi na adolescência, vivendo uma crise existencial perturbadora, que me afastei do catolicismo e vivi um tempo sem quaisquer vínculos religiosos. O rompimento era fruto do meu questionamento dos conceitos e das formas de se pensar e de se praticar o cristianismo propostos pela Igreja Católica, apesar dos muitos valores positivos que, também reconheço, nela existem.

Havia certas coisas, no ser, no pensar e no fazer católicos que eu não conseguia aceitar e com o que não pude mais conviver.

Entre essas coisas que, entendia já, não se harmonizavam com os mais fundamentais princípios de uma religiosidade saudável, estavam: o institucionalismo que faz a organização prevalecer sobre o povo; a hierarquização que sufoca a criatividade que é um dom de Deus aos homens; o autoritarismo (sempre diabólico) que inibe a reflexão livre e autônoma, e degrada o ser humano destituído de poder institucional, além de ser um obstáculo intransponível à construção da unidade na diversidade.

E eu ainda tinha problemas com certas doutrinas, incoerentes, sem base bíblica e sem consistência conceitual, que vigoravam apenas pela força do autoritarismo de um “Magistério da Igreja” que não podia ser contestado e impunha suas posições à revelia da revelação bíblica. Isso tirava do crente a possibilidade de sua autonomia, transformando-o em seguidor passivo.

Andei assim por alguns anos: sem vínculos religiosos, muitas vezes incrédulo, construindo novas certezas em cima das dúvidas que levantava e, sempre, sempre buscando verdades centrais que dessem sentido à minha vida.

Durante essa caminhada, deparei-me com opções diversas, variando do ateísmo ao mergulho em expressões de religiosidade como o Islamismo e as várias religiões asiáticas. Nenhuma conseguiu cativar-me.

Na minha avaliação, nenhuma dessas opções me proporcionava o espaço adequado para viver o mais plenamente possível a minha individualidade (com as diferenças inevitáveis disso resultante) e a minha humanidade (oferecendo-me um ambiente espiritual e sócio-cultural em que, junto com outras pessoas, pudéssemos realizar-nos como comunidade humana).

Eu pensava, e continuo pensando, que se a religião não propiciar esses dois resultados – e os dois têm a ver com a salvação, o Reino de Deus e a vida abundante propostos por Cristo – ela se distancia dos propósitos divinos. E quanto mais se distancie, mais passará a constituir-se num instrumento de controle social, num instrumento do Estado, numa mera instituição da cultura prevalecente, numa ideologia sustentadora do status-quo.

Foi no meio dessas andanças que conheci a Igreja Batista. Minhas primeiras visitas à Igreja Batista do Farol, em Maceió, deram-se por motivos meramente sociais, para atender a convite de três amigos do Colégio Batista, um deles já falecido – o inesquecível irmão e amigo pr. Daniel Rocha Guimarães.

Confesso, a esta altura, que nas primeiras e espaçadas vezes em que freqüentava aquela igreja, eu o fazia tomado por uma grande dose de preconceito, apenas para atender aos meus amigos Daniel, Tereza e Timóteo. Até porque, se abandonara a expressão maior de cristianismo na sociedade brasileira, que outra, menos relevante social e culturalmente me atrairia?

Aos poucos, entretanto, algumas marcas diferenciadas do pensar, do ser e do fazer batista começaram a despertar a minha atenção para uma nova expressão do cristianismo pela qual fui sendo irresistivelmente atraído. Dentre estas marcas diferenciadoras que fui enxergando, destaco as seguintes:



1. O crente, individualmente, numa igreja batista, pode pensar livremente, tomar suas decisões autonomamente e assumir as conseqüências de suas opções. A autonomia do indivíduo é reconhecida como um princípio batista.

2. O crente, como conseqüência da sua autonomia (liberdade para pensar, sentir e agir por si próprio), tem o direito de discordar de qualquer dos seus líderes, e a responsabilidade de colocar o seu pensamento discordante como expressão da sua singularidade pessoal e do seu compromisso de ser fiel às suas verdades e de contribuir para o enriquecimento da vida comunitária da igreja.

3. A igreja, como comunidade local, também é autônoma em suas decisões e por elas responsável diante de si mesma, de Deus e do mundo. Governada de forma democrática, participativa e congregacional, não há poder externo que possa intervir numa igreja batista, com legitimidade, referentemente a questões religiosas.

4. Autônomas, as igrejas batistas não são independentes, ao menos enquanto partes de um mesmo povo que se define com base em uma história e princípios comuns, tendo como propósito maior a vivenciação de toda a boa, agradável e perfeita vontade de Deus, que se traduz na salvação de todos os perdidos e na santificação de todos os salvos.

Para tanto, elas estabelecem laços cooperativos umas com as outras, para que juntas possam fazer o que nenhuma, mesmo a que se pense mais poderosa, pode fazer isoladamente.

5. Autônomas e responsáveis, e tendo que dar respostas relevantes para os diferentes contextos em que se situam, as igrejas batistas, unidas pelos seus princípios, são necessariamente diferentes na forma como respondem às necessidades com que se defrontam.

Como conseqüência, a unidade que caracteriza as igrejas batistas não é a opaca, triste, ética e esteticamente pobre unidade na uniformidade. Pelo contrário, é a rica, alegre e bela unidade na diversidade, a única que se harmoniza com um Deus cujo Espírito, em sua multiforme graça, abençoa os crentes que a fazem com diferentes dons e diferentes ministérios.

6. A liderança, numa igreja batista, necessariamente deve traduzir-se em serviço. Os títulos não devem estabelecer posições de poder, mas apenas ministérios, isto é, serviços a serem prestados em nome de Deus aos crentes individualmente, à comunidade como um todo e ao mundo.

Pastores e líderes, não importando os seus cada vez mais pomposos e desnecessários títulos, se vêm o ministério ou os títulos que ostentam como fonte de poder, fator de diferenciação hierárquica ou meio de vantagens pessoais, estão não só gravemente equivocados, como também produzindo doenças, desilusões e frustrações no seio do povo ao qual deveriam somente servir, servir e servir.

O pr. José Guedes dos Santos era o pastor da Igreja Batista do Farol, quando me converti e fui batizado. Retratando-o da forma mais fiel, digo que ele era apenas um servidor daquela igreja, um facilitador para que ela expressasse as marcas acima citadas. Um servo, simplesmente um servo. Aí estava a fonte de sua autoridade. Autoridade que, com o compromisso de serviço e a consciência cristã que o caracterizam, jamais deixou resvalar para o autoritarismo.

Outras coisas mais fui vendo sobre o que significa ser batista. Encantado, conquistado, apaixonado pelo que via e pelas perspectivas que se abriam diante de mim, à luz dos diferenciais acima citados e de outros mais, decidi aceitar Cristo como meu Senhor e Salvador, bem como a Bíblia como minha regra final de fé e prática, tudo à luz dos princípios batistas.

Da decisão feita em 1965, nunca me arrependi. Tenho procurado ser fiel a ela, mesmo nos meus piores momentos. Se tivesse mil vezes que tomar a mesma decisão (como de fato o fazemos a cada dia), tantas vezes cristão batista me afirmaria.

Mais ainda agora, quando vivemos uma época fascinante de ruptura, cheia de graves problemas, mas maiormente grávida de desafios e oportunidades para proclamarmos de forma relevante a nossa fé em Cristo, para sermos instrumentos para a glorificação do seu nome no meio dos homens. Desafios e oportunidades para cuja superação, estou convicto, nenhum outro grupo religioso dispõe de um conjunto tão rico e apropriado de princípios como os batistas.

Não tenho a presunção de que os batistas somos a única igreja verdadeira, nem a ilusão de que somos os donos da verdade e de que as nossas práticas são sempre corretas e coerentes com os nossos princípios.

Desconfio até que experimentamos uma crise de razoável gravidade, exatamente em razão de algumas das nossas práticas, pelo fato facilmente visível de nos termos distanciado dos nossos princípios – aqueles diferenciais que definem o ser batista e fazem de nós um grupo singular entre os demais grupos cristãos.

Essas incoerências pragmáticas e suas conseqüências sistêmicas no pensar, nas atitudes e no agir batistas (especialmente em suas formas institucionais e hierarquizadas), como as expressões recorrentes de autoritarismo, de culto à personalidade, de etnocentrismo e de intolerância com as diferenças, eu as vejo como graves equívocos e problemas. Mas também os vejo como desafios que podem e devem ser enfrentados por mim, por qualquer outro batista e por todos que estejam deles conscientes, como parte da nossa responsabilidade cristã e sem receios de que haja instâncias ou instrumentos legítimos que nos possam cercear este direito incontestável.

Ser batista, propicia-me como cristão este espaço de liberdade que me permite ser coerente com as minhas verdades, mesmo que isso me custe também o preço de ficar aparentemente sozinho, como voz clamando no deserto. Mas não é esta uma das mais fascinantes facetas do assumir plenamente a nossa humanidade: o exercício pleno da nossa liberdade e das responsabilidades nela implícitas?

Tudo o que acima afirmei, e em função do como vejo a vida e como procuro vivê-la, torna crescente em mim a certeza de que fiz a melhor escolha quando me tornei batista. No espaço comunitário batista eu encontro, em tese, o ambiente espiritual, conceitual, social e cultural em que posso realizar-me como indivíduo, como parte da “nova humanidade em Cristo” e da humanidade mais próxima e global, com tudo que isso implica em liberdade e responsabilidade.

A consciência de ter feito a escolha irresistível, mais o valor que dou à vida que vivo como conseqüência, leva-me a afirmar, como um cântico que emana do mais recôndito do meu ser: eu não saberia viver, como ser humano, sem ser cristão; eu não saberia viver, como cristão, sem ser batista.
Escrito por JOSÉ CARLOS TORRES - Pastor, secretário executivo da Convenção Batista Carioca

Manifesto à Nação Brasileira


Sobre a Liberdade de Expressão e Orientação Sexual do Povo Brasileiro

Diante da tramitação no Senado Federal do Projeto de Lei Complementar nº 122/2006, aprovado pela Câmara dos Deputados (PL 5003/2001), que pretende punir como crime qualquer tipo de reprovação ao homossexualismo, a Convenção Batista Brasileira manifesta a sua preocupação com o futuro da sociedade brasileira, caso a lei venha a ser aprovada.
Preocupa ao povo batista a aprovação de uma lei que privilegia uma minoria, em detrimento do direito de todos. Reconhecemos o direito dos homossexuais a um tratamento digno e igualitário, ao mesmo tempo em que defendemos a liberdade fundamental de formar e exprimir juízos, favoráveis ou desfavoráveis, nas questões de orientação sexual.
Entendem os batistas que a aprovação do referido Projeto de Lei pode resultar no aumento da subversão de valores morais e espirituais que destroem a família e enfraquecem a nação brasileira. Por isto, decidimos vir a público reafirmar nossas posições bíblicas e históricas sobre os princípios e os valores que sustentam a liberdade de consciência, as religiões e a vida em sociedade.
1- Cremos que todos têm direito, outorgado por Deus, de ser reconhecidos e aceitos como indivíduos, sem distinção de raça, cor, credo ou cultura; de ser parte digna e respeitada da comunidade; de ter a plena oportunidade de alcançar o seu potencial. Todas as pessoas foram criadas à imagem de Deus, razão porque merecem respeito, consideração, valor e dignidade.
2- Cremos no direito à liberdade de consciência e de expressão religiosa. Cada pessoa é plenamente livre perante Deus, em todas as questões de consciência e tem o direito de abraçar ou rejeitar religião, bem como de testemunhar sua fé religiosa, propagar e ensinar a verdade como a entenda, e até de mudar sua crença, sempre respeitando os direitos e as convicções dos outros.
3- Cremos que cada pessoa é preciosa, insubstituível e moralmente responsável perante Deus e o próximo. Cremos no direito à liberdade de escolha e aprovação dos princípios e dos valores que regem a convivência e a conduta, na família e na sociedade.
4- Cremos que Deus criou o ser humano, macho e fêmea, com direitos iguais e diferenças sexuais. Essas diferenças se baseiam na constituição física, na forma de ser, de perceber o mundo, de reagir e de relacionar-se. Deus criou macho e fêmea, para que se completem e cooperem com ele na criação e na formação da humanidade.
Uma vez que, não podendo nos calar diante do alto risco de degradação social e do surgimento de perseguição religiosa motivada por aqueles que se sentirem discriminados:
1- Conclamamos os representantes do povo no Senado e nas demais instâncias da República, cidadãos e líderes de instituições sociais e religiosas, bem como os pais e formadores de opinião a que se unam para defender o respeito à pessoa e a garantia dos direitos individuais, lutando a favor de uma sociedade na qual prevaleça a dignidade de todos.
2- Conclamamos todos os cristãos a proclamar e ensinar toda a verdade, conforme revelada nas Sagradas Escrituras, inclusive as orientações nelas contidas sobre a natureza da sexualidade humana. Não podemos negar que Deus Criador, o Senhor dos senhores, justo Juiz de toda a terra, condena o homossexualismo, conquanto ame os que o praticam, oferecendo-lhes o perdão e a graça que restauram a dignidade humana.
3- Conclamamos todos os cidadãos a cultivar uma convivência pacífica e respeito ao próximo, mantendo a respeitabilidade e o pudor nas relações sociais. Reconhecemos que ninguém tem o direito de coibir a escolha sexual de quem quer que seja. No entanto, essa norma não pode impedir que qualquer cidadão tenha o direito de considerar impróprio e inconveniente ou de qualificar como imoral ou inaceitável o comportamento homossexual.
A aprovação de uma lei não pode ferir as conquistas adquiridas na Declaração Universal dos Direitos Humanos, que afirma em seu artigo XIX: “Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”.
Conscientes do exercício da nossa cidadania, faremos tudo o que for possível e justo, a fim de que construamos uma sociedade cada vez mais firmada nos valores éticos, morais e espirituais inspirados nas Sagradas Escrituras. Assim sendo, unimos-nos aos demais esforços para salvar o Brasil da degradação moral e da perseguição religiosa, bem como deixarmos um legado de justiça, paz e prosperidade para as futuras gerações.

Rio de Janeiro, maio de 2007

Pr. Oliveira de Araújo
Presidente da Convenção Batista Brasileira
Pr. Sócrates Oliveira de Souza
Diretor Executivo da Convenção Batista Brasileira.

Seminário do Norte disponibiliza textos em seu site



Informamos que o STBNB está disponibilizando no seu site uma série de textos escritos por professores, alunos, ex-alunos, pastores, ministros de música, entre outros colaboradores. As áreas abordadas são: Teologia, Música, Educação Religiosa e Missiologia. Os interessados em enviar seus textos devem endereça-los para site@seminariodonorte-stbnb.br .

Os primeiros textos publicados são:
. Mateus o Evangelho do Reino
. O Evangelho de Jesus Cristo Segundo Lucas
. A importância do papel do “Destino Manifesto” na consciência dos missionários(as) protestantes norte-americanos(as), na fundação das suas escolas confessionais no Brasil.
. O professor ideal

Acesse o site www.seminariodonorte-stbnb.br e leia os textos.

Fonte: Pr. Marcos Bittencourt

Em 2009 os batistas brasileiros se encontrarão em Brasília


Os Batistas do Distrito Federal terão a honra de receber a 89ª Assembléia Anual da Convenção Batista Brasileiro nos dias 16 a 20 de janeiro de 2009, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães em Brasília. A Assembléia Anual marcará o início das comemorações do 50ª aniversário do trabalho de evangelização no Distrito Federal.

Centro de Convenções Ulysses Guimarães
É considerado o maior da América Latina, oferece condições excelentes para a realização da Assembléia Anual da CBB em 2009.
A localização do Centro de Convenções é privilegiada em todos os sentidos - a 1.200m do local fica a rede hoteleira, com cerca de 6.000 (seis mil) leitos; quatro grandes shoppings e vários restaurantes estão à mesma distância; para os que hospedarem de forma econômica, os locais estarão concentrados num raio de 5 quilômetros do local, com as mesmas facilidades de acesso aos centros comerciais e restaurantes.
Quanto às condições do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, informamos que:
a) O o Centro de Convenções contém um auditório master, com acomodação para 2800 pessoas sentadas em poltronas acolchoadas, podendo atingir a capacidade máxima para 3.500 pessoas sentadas. Além do master, há mais 4 (quatro) auditórios menores, sendo os principais – Planalto, Alvorada, Buriti e Águas Claras, com capacidade para 1000, 400, 300 e 200. Todos são auditórios confortavelmente climatizados.
b)No próprio Centro de Convenções, disponibilizaremos para os Convencionais uma grande área de feiras, onde ficarão os stands.
c)Na parte superior, deverá ser instalado um restaurante com 500 lugares.
d)Haverá um espaço "lan house", para os convencionais usuários de internet.
e)As transmissões das reuniões plenárias pela web serão em tempo real.
f)O sistema de iluminação e sonorização é compatível com o evento.
g)Há, ainda, ampla área de estacionamento para automóveis, vans e ônibus, além de fácil acesso para utilização de táxis.

Reuniões das Organizações
Os encontros das Organizações que antecedem a realização da Assembléia Anual, nos dias 14 e 15 de janeiro, serão, prioritariamente, acomodados de acordo com a quantidade de participantes, sendo que as Organizações abaixo relacionadas ficarão acomodadas, preliminarmente, da seguinte forma :
a)Congresso de Pastores Batistas do Brasil – Auditório Planalto.
b)Assembléia da União Feminina Batista do Brasil – Auditório Master.
c)Encontro da Associação Nacional dos Músicos Batistas – Igreja Memorial Batista de Brasília.
d)Assembléia da União das Esposas de Pastores – Auditório Alvorada.
e)As Assembléias Nacionais dos Homens Batistas, de Educadores Religiosos, dos Educandários Batistas, Diáconos Batistas e Filhos de Pastores, serão em breve acomodadas.

Hospedagem Econômica
Será no Colégio Batista de Brasília, com capacidade para 500 pessoas, além de Colégio Militar e Batalhões e Igrejas próximas, totalizando acomodação para mais 1.000 pessoas.
O preço da hospedagem econômica será de R$ 100,00, para o período de 14 a 20 de janeiro. Neste preço está incluído o café da manhã. Para o hóspede inscrito na Assembléia Anual, haverá ainda desconto de 10%.


Mais informações:
Presidente da Coordenação Geral da 89ª Assembléia - Esdras Alves Rocha Queiroz - CBDF: 61-3381-2020 – cbb2009brasilia@gmail.com

Fonte: Convenção Batista do Distrito Federal

O Jornal Batista faz sucesso em Welkom, África do Sul


Os alunos do Instituto Bíblico Welkom, em África do Sul, receberam exemplares de O Jornal Batista enviados até nós por familiares do Brasil. Foi uma experiência bastante interessante.
Muito pouco material evangélico é publicado em português nessa região da África Austral, embora tenhamos aqui dois grandes países de língua portuguêsa – Moçambique e Angola. Na semana seguinte estudantes comentaram o que encontraram no jornal, fazendo relação com o que eles tem recebido nos estudos. Os alunos disseram que puderam facilmente encontrar a abordagem de temas da atualidade, artigos teológicos, doutrinários, eclesiologia e homilética. Uma outra remessa de jornais está chegando e os alunos, ávidos pela leitura e pelo conhecimento agradecem. Parabéns à equipe de O jornal Batista pelo excelente trabalho reconhecido também aqui em África. Nesta foto, durante um intervalo das aulas os alunos exibem o jornal recebido.

Pr. Edimar Guimarães Pereira
Missionário da JMM em Welkom – África do Sul

Programa de Formação Integral 2009


Escrevo-lhe para compartilhar a minha preocupação com a formação dos nossos pastores. Penso que você também se preocupa, pela implicação que tem para o desenvolvimento de nossas igrejas.
Estou convencido que precisamos de uma visão nova a este respeito, em que o preparo dos novos pastores contemple dimensões centrais como a formação do caráter, o crescimento espiritual e o desenvolvimento de habilidades práticas no campo. Por crer nisto, levei o Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (Rio de Janeiro) a criar o Programação de Formação Integral. Nele, para ter uma formação integral, o aluno estuda em tempo integral. Pela manhã, ele cursa o bacharelato em teologia na Faculdade Batista do Rio de Janeiro, mantida pelo Seminário, e à tarde ele participa de um curso de preparação para o ministério pastoral e missionário. Orientado por um mentor, ele ainda tem que ler a Bíblia toda durante um ano, entre outras responsabilidades.
Pelas características do Programa, o aluno fica com todo o seu tempo comprometido em sua formação. Por isto, ele recebe uma bolsa integral, que inclui uma ajuda-de-custo para suas despesas.
A primeira turma tem demonstrado o sucesso do projeto. Veja abaixo alguns testemunhos:

"O Programa de Formação Integral me proporcionou um preparo ministerial do mais alto nível. Sua ênfase na teoria, prática e moral, junto aos conceitos na dimensão da oração e leitura bíblica, o fez o mais conceituado programa de preparação vocacional do Brasil." - Cleudair Godoi

"O Programa de Formação Integral representou para mim a chance de mudanças de vida e dedicação total ao preparo para o serviço na obra. É a dedicação ao conhecimento mais profundo de Deus e da Palavra. Proporcionou uma série de novas experiências com Deus e de novos e profundos relacionamentos." - Carolina Bezerra de Souza

O Seminário busca jovens vocacionados e compromissados com o ministério pastoral ou missionário. Muito possivelmente você conhece um jovem ou uma jovem com estas características tão especiais. É por isto que lhe estou escrevendo: para lhe dar esta boa notícia.
Se este é o caso, oriente-o a acessar as informações que estão disponíveis na seção "FORMAÇÃO INTEGRAL" do nosso portal: www.seminariodosul.com.br.
Conto com seu apoio neste projeto.
Se você acredita no projeto e quer cooperar no sustento financeiro de um destes novos alunos, entre em contato comigo, por favor, por e-mail (diretoria@seminariodosul.com.br) ou por telefone (21-2570-1833). Use estes meios também para conversar comigo sobre este ou qualquer outro assunto.

ISRAEL BELO DE AZEVEDO
Diretor Geral do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil

Campanha Nacional de Evangelização de Crianças


Quando olhamos para o nosso querido país, sentimos tremor: aumento significativo da violência, desonestidade e corrupção atingindo níveis altíssimos, imoralidade como parte da rotina de vida, e tantas outras situações semelhantes a essas, que o simples fato de mencioná-las entristece o coração de qualquer ser humano. Diante desse quadro, uma pergunta deve permear as nossas mentes: O que fazer para construir um futuro melhor em nosso país?
Certamente esta não é uma pergunta de fácil resposta, mas uma das possíveis respostas seria esta: Precisamos trabalhar hoje para transformar e formar os homens e mulheres de amanhã. E, para que isso aconteça, não podemos abrir mão da evangelização de nossas crianças hoje. Elas devem ser alvo de nossas orações hoje. Elas devem fazer parte de nossas metas de evangelização hoje. Elas devem ser alcançadas hoje.
São diversas as razões pelas quais devemos começar um movimento de evangelização de crianças, mas é importante ressaltar algumas.
1. Uma criança convertida tem a vida inteira para amar e servir ao Senhor Jesus.
2. Uma criança convertida tem significativamente reduzida a possibilidade de envolvimento com vícios que destroem a sua vida e apodrecem a sociedade, como o álcool, as drogas e a imoralidade.
3. Uma criança convertida abre portas importantes para a evangelização de sua família.
Pensando nisso, a Convenção Batista Brasileira, em sua 88ª Assembléia Anual, realizada em São Luís, MA, em janeiro de 2008, solicitou à UFMBB a elaboração de uma campanha de evangelização de crianças com alcance nacional. Para a elaboração e realização dessa Campanha, houve a união de forças da UFMBB, cuja missão principal é viabilizar a educação cristã missionária, com a Junta de Missões Nacionais, cuja missão é conquistar a Pátria para Cristo. Desse modo, com o tema "Crianças para Jesus", o lançamento da Campanha foi agendado para janeiro de 2009, em Brasília, por ocasião da 89ª Assembléia Anual da CBB.

Tema da campanha
O tema "Crianças para Jesus" baseia-se em Lucas 18.15a, NTLH, que diz: "Depois disso, algumas pessoas levaram as suas crianças a Jesus para que ele as abençoasse..." Este é, sem dúvida, um tema muito oportuno para a nossa realidade. Nossas crianças precisam ser levadas ao Senhor Jesus. É nossa responsabilidade, como igreja, o cumprimento dessa missão. Levar nossas crianças a Jesus deve ser a nossa meta e o alvo de nossos esforços.

Objetivos da campanha
Sendo que o objetivo principal da Campanha é a conquista das crianças do Brasil para Jesus, foi elaborado um plano, visando à capacitação das igrejas para a evangelização, integração e discipulado das crianças. Para uma conquista permanente de crianças para Jesus, é necessário também inseri-las no processo de educação cristã missionária, a fim de que se tornem aptas para cumprir sua missão no mundo. Crianças do Brasil salvas, e crianças salvas que se tornem crianças missionárias - este é o principal objetivo da Campanha.

Alvos da campanha
Devido à grandiosidade e relevância desse projeto, esperamos mobilizar todas as igrejas batistas em solo brasileiro, para que dele participem ativamente. Sendo assim, esperamos que ocorra a participação efetiva de no mínimo 80% das igrejas batistas, e que estas remetam os resultados à JMN, para que, ao final, seja possível mensurar o alcance da Campanha.
Sugerimos que cada igreja elabore seu alvo na proporção de 30% do número de membros, ou seja, se uma igreja possui 100 membros, pode estabelecer um alvo de alcançar no mínimo 30 crianças durante a realização da campanha.

A realização da campanha
A Campanha será desenvolvida pelas igrejas batistas no mês de outubro de 2009. Até lá, por meio das convenções estaduais e das associações, serão realizados treinamentos específicos. Foi elaborado um manual para a evangelização de crianças, uma ferramenta muito útil para as igrejas elaborarem seus planos de ação para a realização da Campanha, bem como para a elaboração de um projeto contínuo de evangelização de crianças. Também estará à disposição das igrejas o programa da Campanha, bem como os recursos que irão auxiliá-las e que deverão seguir juntamente com o material da Campanha de Missões Nacionais.

Outras informações
Outras informações sobre a Campanha serão divulgadas nos sites e nos periódicos da JMN e da UFMBB, bem como de outras instituições denominacionais.

JMN e UFMBB

Baixa atividade em região cerebral estimula espiritualidade, diz estudo


A experiência espiritual das pessoas pode ser explicada pela falta de atividade em uma das regiões do cérebro responsáveis pela afirmação da identidade individual. É o que aponta um estudo realizado pelo neurocientista americano Brick Johnstone, da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, e divulgado na edição de novembro do jornal científico “Zygon”.

A área em questão –o lóbulo parietal direito– é onde as pessoas definem quem são elas. É a região, por exemplo, onde o cérebro processa as preferências e gostos pessoais, reconhecem as habilidades e os interesses amorosos da pessoa.

O estudo sugere que são justamente as pessoas que têm essa região menos ativa, com menos “definidores próprios”, as mais suscetíveis a levar vidas espiritualizadas.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores testaram pacientes com essas áreas afetadas e compararam com estudos anteriores que mostram as especialidades de cada região do cérebro.

Eles notaram que, entre as 26 pessoas analisadas, as mais espirituais apresentavam um lóbulo parietal direito menos funcional. Este estado físico indicaria menos foco pessoal e menos autoconhecimento.

Abnegação

A descoberta sugere que uma das principais características da experiência espiritual é a abnegação, um comportamento antiegoísta, diz Johnstone.

Quanto à idéia disseminada por vários outros estudos que ligam a espiritualidade à saúde mental e física, Johnstone aponta um paradoxo. Ele afirma que esses benefícios podem ser provenientes de uma preocupação maior da pessoa com o outro do que em si mesma. Isso seria uma conseqüência natural da diminuição na atividade de autodefinição da pessoa.

O estudo ainda aponta que o maior silenciamento dos “definidores próprios” são mais comuns nos estados mais profundos de meditação ou oração. Johnstone diz que é quando as pessoas descrevem sentimentos de desligamento de todo o Universo.

“Se você observar a Torá, o Velho Testamento, o Novo Testamento, o Corão, uma porção de textos sufistas, textos budistas e textos hindus, todos eles falam sobre abnegação”, disse o neurocientista.

Fonte: Folha Online e Gospel+
Via: Pavablog

Religiosos tem maior auto-controle, diz estudo


Fez resoluções de Ano Novo para 2009? Se você é religioso, é mais provável que consiga mantê-las, de acordo com um novo estudo.

Para o estudo, o Professor de Psicologia Michael McCullough, da Universidade de Miami, nos EUA, e a sua equipa avaliaram oito décadas de pesquisas sobre a religião que tinham sido realizadas sobre diversas amostras de pessoas de todo o mundo.

O que eles encontraram no final foram “provas convincentes” de uma variedade de domínios no âmbito das ciências sociais – incluindo as neurociências, economia, psicologia e sociologia – que as crenças religiosas e os comportamentos religiosos são capazes de incentivar as pessoas a exercitarem o auto-controle e regularem mais eficientemente as suas emoções e comportamentos, para poderem perseguir objetivos valorizados.

“A vida religiosa pode contribuir para o auto-controle, dando às pessoas normas claras para a sua conduta, por levar as pessoas a controlar de forma mais cerrada o seu próprio comportamento, e dando às pessoas a sensação de que Deus está a observar o seu comportamento”, afirma uma conclusão do estudo, que será publicado na edição de Janeiro de 2009 do Boletim Psicológico.

“Quando as pessoas vêem os seus objetivos como algo ‘sagrado’, aplicam mais energia e esforço na perseguição desses objetivos e, portanto, são provavelmente mais eficazes em concretizá-los”, afirma uma outra conclusão.

Desde há décadas, pesquisadores têm repetidamente encontrado uma correlação entre religiosidade e maior auto-controle nos estudantes e adultos, observando que os estudantes que despenderam mais tempo com a instrução dominical obtiveram melhores resultados nos testes laboratoriais que mediam a auto-disciplina, e as pessoas devotas eram mais propensas do que as outras a fazerem uso do cinto de segurança, ir ao dentista e tomar vitaminas.

Embora alguns possam questionar se é devoção religiosa que leva ao auto-controle, ou vice-versa, McCullough diz que a predisposição para tal foi tida em conta na sua investigação e que mesmo assim ainda havia razões para acreditar que a religião tem uma forte influência.

“Quando se combina tudo vem-se a descobrir achados notavelmente consistentes que correlacionam a religiosidade com um maior auto-controle”, contou o professor ao New York Times.

Mas isso não quer dizer que os não religiosos precisam de adoptar uma fé para desenvolverem auto-controle.

“As pessoas podem ter valores sagrados que não são valores religiosos”, disse McCullough, que confessa que ele próprio não é muito devoto.

“Você pode despender o tempo pensando sobre o que são valores sagrados para si e fazer resoluções de Ano Novo que sejam coerentes com eles”, disse ao Times.

Ainda assim, é de notar que as pessoas religiosas tendem a ter menores taxas de abuso de substâncias, melhor desempenho escolar, menos delinquência, melhores comportamentos de saúde, menos depressão, e vidas mais longas.

“Ao pensar na religião como uma força social que propicia as pessoas com recursos para controlar os seus impulsos (incluindo o impulso de auto-preservação, em alguns casos) no serviço de objectivos maiores, a religião pode motivar as pessoas para fazerem praticamente qualquer coisa”, afirma McCullough.

McCullough diz também que ele e a sua equipa acreditam que pode ter sido a capacidade da religião de auxiliar as pessoas a auto-controlarem-se que durante séculos as ajudou a ampliarem as suas capacidades naturais de auto-controle e, como resultado, permitiu-lhes prosperar em actividades difíceis mas necessárias, como a agricultura e trabalhar em conjunto para resolver problemas.

“Temos andado a explorar… esta possibilidade de que aquilo em que religião é realmente boa – e possivelmente, a razão por que evoluiu – foi em ajudar os seres humanos ancestrais, que estavam em vias de se tornarem modernos, a aumentar as suas habilidades de se controlarem a si mesmos e não se entregarem a comportamentos impulsivos que poderiam ter sido benéficos a curto prazo, mas menos desejáveis a longo prazo do que outras condutas de comportamento”, relatou McCullough.

O que McCullough e a sua equipa esperam que o seu estudo venha a produzir é uma atenção mais explícita para a possibilidade da relação entre a religiosidade e o auto-controle poder explicar a ligação entre a religiosidade e a saúde e o comportamento.

Fonte: Christian Today e Gospel+

Bancadas evangélica e católica conseguem a criação da CPI do Aborto


A Câmara dos Deputados, por força das bancadas evangélica e católica da casa, constituiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Aborto, que investigará a venda irregular de drogas abortivas e a rede clandestina de aborto no país.

A Frente Parlamentar pela Vida pretende, inclusive, convocar à CPI mulheres que praticaram aborto, o que, na avaliação de entidades de defesa dos direitos humanos, provocará constrangimento às convocadas. A frente é presidida pelo deputado Luiz Bassuma, do Partido dos Trabalhadores da Bahia.

A deputada Rita Camata, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) do Espírito Santo, da bancada feminista e contrária à CPI, definiu a Frente Parlamentar pela Vida como “um movimento moralista, machista, uma coisa fanática”.

Rita lembrou que a mulher já é relegada a uma completa ausência de políticas de assistência nessas situações degradantes. “Ninguém faz aborto por prazer, porque quer. Se tivesse apoio do homem, não recorreria a um aborto”, fulminou a deputada.

O secretário geral da Executiva Nacional do Movimento Brasil Sem Aborto e coordenador da Comissão em Defesa da Vida da Diocese de Taubaté, professor Hermes Rodrigues Nery, vereador em São Bento do Sapucaí, São Paulo, disse que o antinatalismo faz parte de uma estratégia de controle social “pelos poderosos do mundo, que visam manter os altos padrões de vida concentrados nas mãos de uns poucos bilionários, marginalizando a maioria em condições degradantes de vida, sob todos os aspectos”.

Empresas e pesquisadores lucram com a prática do aborto, denunciou o vereador, seja na venda de tecidos fetais humanos para empresas biotecnológicas, seja para os que estão patenteando genes humanos com objetivos inclusive eugênicos. Na Rússia, mencionou, a venda de bebês abortados para tratamento de beleza e rejuvenescimento custa até 20 mil dólares.

O secretário do Movimento Brasil Sem Aborto apontou fundações, como a Ford, Rockfeller, MacArthur, Buffet, como financiadoras de ONGs que defendem a prática do aborto. O Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA), arrolou Nery, é responsável pelo “lobby” no Congresso Nacional para a legalização do aborto.

Fonte: ALC e Gospel+

Rede Gospel amplia cobertura nas regiões Centro-Oeste e Sul do Brasil


A Rede Gospel de Televisão, emissora evangélica, acaba de ampliar sua cobertura e começa a retransmitir sua programação por meio de novos canais nas regiões Centro-Oeste e Sul do país. São eles: o canal 26, Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba, que cobre a Fazenda Rio Grande, Araucária, parte de São José dos Pinhais e alguns bairros ao sul de Curitiba. Esse sinal terá alcance de aproximadamente 400 mil pessoas. O canal 26 de Goiânia, que vai cobrir cobrindo 70% de toda grande Goiânia, atingindo cerca de 1,4 milhão de pessoas. O canal 47 Gama DF que chega para um público de aproximadamente 800 mil pessoas.

Segundo a diretoria de expansão da Rede Gospel, a emissora tem investido para que o alcance na audiência seja triplicado. “Nós estamos nos empenhando e trabalhando para que o sinal da Rede Gospel chegue ao maior número possível de cidades e com qualidade”, declarou. Com isso, a expectativa é de que o canal 47 (DF) até maio esteja cobrindo uma população de aproximadamente 2,2 milhões de expectadores, o canal 26 - Goiânia alcance toda a grande Goiânia, ou seja, 2 milhões de pessoas. Já, o canal 26 - Curitiba terá uma mudança de freqüência, que até o segundo semestre estará disponível para 2 milhões de pessoas.

Além de uma grade que contém programas e eventos evangelísticos, a emissora também transmite uma programação variada, com videoclipes, jornalismo, debates, entrevistas, esportes, com os campeonatos italiano e inglês, além do desafio ao galo. A Rede Gospel é um canal transmitido Via Satélite e pode ser sintonizada pelos canais: UHF 53, TVA 21, NET 28 e Cambrás 98.

Mais informações www.redegospel.tv.br

Os Fatos Sobre Israel e o Conflito no Oriente Médio


O conflito entre israelenses e palestinos, tão presente em todos os canais da mídia nos últimos tempos em seus aspectos de violência, terror e morte, é, na verdade, um conflito de quase um século. Não é, como muitas vezes pode transparecer do teor das notícias e dos comentários, o choque entre um Estado judaico estabelecido e um povo ainda sem pátria em sua luta por conquistá-la. É, na verdade, um conflito de quase um século entre dois conceitos: 1) o de que na antiga Palestina só haveria lugar para uma realização nacional (na visão dos árabes, um Estado palestino-árabe, excluindo-se a possibilidade de um Estado judaico); 2) o de que haveria lugar na Palestina para a convivência pacífica de dois estados nacionais: um árabe e um judaico.

A tese da convivência foi sempre a tese do movimento sionista e de todos os governos de Israel, de direita ou de esquerda. Pelo menos até o processo de paz de Oslo, em 1993, a tese árabe foi a de eliminação do Estado judaico (e dos judeus que nele viviam) e o estabelecimento de um Estado árabe. O que pareceu um grande avanço no processo de Oslo foi o aparente reconhecimento mútuo de que a única solução real para o conflito não era hegemônica, a favor de qualquer das partes, mas um acerto contratual que propiciasse o início de um processo de paz verdadeira baseada na convivência entre o Estado judaico e um Estado árabe palestino.

Por que, então, a violência atinge níveis cada vez mais perigosos, e o conflito assume aspectos de perigoso confronto bélico, com centenas de vítimas em um ano e meio? Por que o terrorismo voltou a explodir com ímpeto cada vez maior?

O Plano de Deus com Israel


"Não temas, ó vermezinho de Jacó, povozinho de Israel; eu te ajudo, diz o Senhor, e o teu Redentor é o Santo de Israel" (Is 41.14).

Uma promessa maravilhosa! Mas onde, como e quando esta ajuda para Israel pode ser encontrada hoje? Talvez, com os EUA? Não! Ou talvez com Deus, que permitiu o Holocausto e deixou ocorrer a "intifada" (rebelião dos palestinos)? Os inimigos, cegos de ódio, não poupam nenhum sacrifício, nem a própria vida para espezinhar o "vermezinho de Jacó" e provocar uma "solução final" para poder estabelecer o chamado Estado Palestino. E isso em Eretz Israel (a terra de Israel)! O mundo sem Deus prefere crer numa mentira histórica, ao invés de crer na Palavra de Deus eternamente válida.

Lembremo-nos mais uma vez do que Deus diz do "vermezinho de Jacó": "Porque tu és povo santo ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra. Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o Senhor vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito" (Dt 7.6-8).

Do "vermezinho de Jacó" brotou Davi, o "Meleque (= rei) de Israel", que escolheu ser pequeno e humilde diante de Deus. Pela graça de Deus ele pôde subir ao "trono de Davi" como rei terreno e precursor do eterno Rei da Paz, Jesus Cristo.

Deus não escolhe quem busca poder, status e fama. Pelo contrário: "Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes" (1 Co 1.27). Esse é um princípio divino, que se estende por todo o Plano de Salvação.

"Palestina", como Israel é chamado por muitos hoje, é uma designação falsa, pois essa palavra é uma derivação de "pelishtim" ou "Filístia". Na verdade Israel foi oprimido temporariamente pelo "povo do mar", os filisteus, mas os conhecedores da Bíblia sabem que Davi acertou as contas com Golias e os filisteus foram vencidos. Em tempo algum a terra de Israel pertenceu aos filisteus ou aos palestinos. Os moradores da terra, antes que Israel a ocupasse, foram as gerações dos cananeus: "Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e a Hete, e aos jebuseus, aos amorreus, aos girgaseus, aos heveus, aos arqueus, aos sineus, aos arvadeus, aos zemareus e aos hamateus; e depois se espalharam as famílias dos cananeus. E o limite dos cananeus foi desde Sidom, indo para Gerar, até Gaza, indo para Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim, até Lasa" (Gn 10.15-19), e a terra se chamava Canaã. "Habitou Abrão na terra de Canaã; e Ló, nas cidades da campina e ia armando as suas tendas até Sodoma" (Gn 13.12). Depois que Ló havia se separado de Abraão, este recebeu novamente uma confirmação da parte de Deus: "Ergue os olhos e olha desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente; porque toda essa terra (Canaã) que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre" (Gn 13.14-15).

Quando Israel entrou em Canaã, Josué recebeu a ordem divina: "Moisés, meu servo, é morto; dispõe-te, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu prometi a Moisés" (Js 1.2-3). Depois de quarenta anos de peregrinação pelo deserto, a terra de Canaã foi a pátria de Israel durante 1.500 anos até a destruição do templo no ano 70 d.C. Então Israel foi espalhado entre os povos – até que no ano de 1948, foi-lhe novamente concedida uma pátria por decisão da ONU, mas com a imposição (infeliz) de dividi-la com os árabes.

Mas de onde vem, então, o nome Palestina? O imperador romano Adriano, que odiava os judeus e os cristãos, deu esse nome à terra no ano de 135 d.C., com a intenção de que não se fizesse mais referência "ao nome Judéia de Israel". Assim foi cunhado o falso nome "Palestina" e ele ficou sendo usado desde então. Infelizmente, até as sociedades bíblicas aceitaram essa falsa denominação e a usaram nos mapas em diversas Bíblias: Palestina, ao invés de Canaã.

Aqueles que atualmente se chamam de palestinos são árabes, sejam eles muçulmanos ou cristãos. No fundo a polêmica atual entre árabes e judeus (Israel) não é um problema étnico nem político, mas um problema religioso. E por isso, na verdade, somente a Bíblia pode mostrar o caminho certo para a solução do conflito.

Israel (= Jacó) é uma designação que se refere tanto ao povo como também à terra. Povo e terra formam uma unidade inseparável. Desta forma, a terra deve pertencer aos palestinos, ou seja, aos árabes? Jamais, pois o próprio Deus garante que ela pertence a Israel. As nações deveriam prestar atenção àquilo que Deus diz do Seu "vermezinho Israel" e como Ele o protege: "Porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho" (Zc 2.8b).

A história trágica de Israel mostra que desde o início da sua existência foi oprimido continuamente por poderes inimigos e até ameaçado pelo holocausto. Holocausto significa extermínio em massa, extinção, solução final do problema judeu. Isso já começou antigamente no Egito com Faraó, que tentou dizimar os hebreus. Mas tão certo como Faraó e seus exércitos se afogaram no Mar Vermelho, também Deus acertará as contas com os atuais inimigos de Israel. Naquele tempo ainda era um único inimigo que ameaçava a Israel, hoje são as nações. Desde 1948 Israel foi envolvido em cinco guerras, às quais sobreviveu vitoriosamente. Hoje um dos seus principais inimigos, que usa pedras, punhais e bombas, está bem no meio do seu território. Contra isso é difícil usar tanques, ou aviões. Por meio de guerras e atos terroristas morreram milhares de israelenses desde a fundação do Estado, e a desejada paz desvanece cada vez mais para o "vermezinho de Jacó". Altos dignitários da política vêm a Israel e se atrevem a dar "bons" conselhos e exortações, dizendo que os judeus deveriam ceder territórios. Mas nada nem ninguém anula as promessas que Deus deu a Jacó: "Disse-lhe Deus: O teu nome é Jacó. Já não te chamarás Jacó, porém Israel será o teu nome. E lhe chamou Israel. Disse-lhe mais: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; sê fecundo e multiplica-te; uma nação e multidão de nações sairão de ti, e reis procederão de ti. A terra que dei a Abraão e a Isaque dar-te-ei a ti e, depois de ti, à tua descendência" (Gn 35.10-12). Mas nem o povo como um todo nem o governo se firma nessa promessa, e infelizmente segue o caminho da "angústia de Jacó", conforme Jeremias 30.7-10: "Ah! Que grande é aquele dia, e não há outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será livre dela. Naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, eu quebrarei o seu jugo de sobre o teu pescoço e quebrarei os teus canzis; e nunca mais estrangeiros farão escravo este povo, que servirá ao Senhor, seu Deus, como também a Davi, seu rei, que lhe levantarei. Não temas, pois, meu servo, Jacó, diz o Senhor, nem te espantes, ó Israel; pois eis que te livrarei das terras de longe e à tua descendência, da terra do exílio; Jacó voltará e ficará tranqüilo e em sossego; e não haverá quem o atemorize".

Nosso coração anseia por isso! A nossa oração sempre deve ser que, sem demora, Israel seja conduzido ao encontro do destino que Deus planejou para ele! Para isso é preciso ter fé baseada nas Escrituras e perseverança, não se deixando determinar pelo mal e pelo que é atualmente visível, mas sim, firmando-se nas imutáveis promessas de Deus!

Deus o chama de "vermezinho de Jacó". O Israel moderno – e "vermezinho de Jacó", será que isso combina? Ou Deus deveria fazer uma correção e mudar-lhe o nome? Com essa humilde terminologia divina ofenderíamos Israel diretamente. No máximo, esta expressão talvez possa ser engolida nas piadas judaicas ou no humor do escritor satírico israelense Ephraim Kishon. Israel se orgulha dos seus progressos tecnológicos. E não só por isso, pois em todas as áreas os judeus realizam coisas inovadoras. Por exemplo, em tempo recorde eles criaram um jardim florido e belas cidades nas areias do deserto. Não se consegue enumerar tudo o que eles estão conseguindo e realizando. E nós nos admiramos e nos alegramos com o seu sucesso, e naturalmente também porque foram vitoriosos nas cinco guerras, das quais se viram obrigados a participar. E se houver guerra novamente, Israel está preparado – e como!

Contudo, falta o essencial ao povo de Deus hoje: a confiança no Deus de seus pais Abraão, Isaque e Jacó. Israel quer ser como todos os outros povos e esquece o seu Deus. Por isso, hoje em dia, há medo e perplexidade por toda parte. Alastram-se a anarquia e a imoralidade em Israel como acontece nas outras nações. No Knesset (Parlamento) ninguém se levanta e chama ao retorno para o Deus dos pais. Para onde isso vai levar? Para a "angústia de Jacó", a Grande Tribulação. Só se pode implorar: "Senhor, tenha misericórdia deles e abrevie esse tempo!" O próprio Deus é fiador da salvação e do renascimento de Israel, que o Messias, Yeshua, Jesus Cristo, trará. Então se cumprirá o que está escrito: "Eu, o Senhor, te chamei em justiça; tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios" (Is 42.6). Por isso: nós, que amamos o judeu Jesus, formemos uma muralha de orações ao redor do "vermezinho de Jacó"! Assim o problema com os vizinhos de Israel, hoje ainda inimigos, estará resolvido: "Bendito seja o Egito, meu povo, e a Assíria, obra das minhas mãos, e Israel, minha herança" (Is 19.25b).

Com absoluta certeza o "vermezinho de Jacó" pode contar com a ajuda do Senhor, pois seu Redentor, o próprio Santo de Israel, comprometeu-se com Sua promessa: "Desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias; desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás ao Senhor" (Os 2.19-20).

Naquele tempo, segundo o direito judaico, o noivado era bem mais significativo do que nos costumes do Ocidente. Um casal de noivos ficava comprometido um com o outro, pois o noivo pagava um dote por ocasião do noivado. Com isso o acordo estava selado. Em que consiste o dote em relação a Israel? "Em justiça, em juízo, e em benignidade e em misericórdias... e em fidelidade!" Qual é o fundamento de um noivado? Evidentemente é o amor! Além disso, o Senhor ainda lhes deu Seu Filho unigênito. Portanto, o que mais Israel pode esperar de Deus? Encontramos a resposta em Romanos 11.29: "Porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis" e: "se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo" (2 Tm 2.13).

Deus cumpriu Seu juramento e continua cumprindo-o. – E Israel? "Veio para o que era seu, e os seus não o receberam" (Jo 1.11). E: "Não queremos que este reine sobre nós" (Lc 19.14b). Que tragédia para a própria desgraça! Que grande ofensa a Deus e a Seu Filho! Como deve ter sido dolorosa para Eles a recusa desse amor! Ouvimos como um lamento: "Estendi as mãos todo dia a um povo rebelde, que anda por caminho que não é bom, seguindo os seus próprios pensamentos" (Is 65.2). Por isso Israel ainda tem de passar pelo juízo redentor, pois Deus diz por meio de Samuel: "Se, porém, não derdes ouvidos à voz do Senhor, mas, antes, fordes rebeldes ao seu mandado, a mão do Senhor será contra vós outros, com foi contra vossos pais" (1 Sm 12.15). – "Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça" (Is 59.1-2).

Poderíamos continuar jogando sobre Israel muitas outras passagens bíblicas que falam de condenação. Esta é a nossa tarefa? De maneira nenhuma! Isso não compete a nós! Nesse sentido nos chama a atenção a insistente exortação do apóstolo Paulo: "Não te ensoberbeças, mas teme. Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, também não te poupará" (Rm 11.20b-21). Por acaso será que nós temos sido continuamente fiéis ao Senhor? Infelizmente, não! Somos nós melhores do que o "vermezinho de Jacó?" De modo algum! É vergonhoso constatar que o anti-semitismo não se alastra apenas nos círculos políticos, mas até em igrejas isso tem acontecido – e contagiado membros de grupos cristãos.

Desde a escolha de Israel, como povo de propriedade de Deus, o inimigo tem sempre procurado destruí-lo. Ele costuma usar dirigentes políticos como Hitler, Nasser, Kaddafi, Yasser Arafat, mas também a imprensa de esquerda. O Holocausto começou com Faraó. Na peregrinação pelo deserto foi o rei Balaque que usou os serviços do renomado adivinho e "vidente" Balaão. Este era uma sumidade no terreno do ocultismo. Balaão deveria amaldiçoar Israel por meio de suas temidas maldições mágicas, o que falhou apesar de diversas tentativas. Contra a vontade de Balaque e Balaão, ao invés de maldição, esse falso profeta teve de pronunciar as mais gloriosas palavras de bênção: "Benditos os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem... uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro" (Nm 24.9b e 17a).

A história de Israel, em muitos trechos, é uma história de sofrimentos trágicos. Finalmente houve na Suíça e em alguns outros países uma disposição para rever a História e ressarcir danos materiais às vítimas do Holocausto e seus descendentes, e se fala de revisar o passado. Mas além disso também seria importante revisar a História de Israel, sua origem e suas promessas como são ensinadas em escolas e universidades. Para isso, porém, seria necessário estudar a Bíblia! Como, entretanto, as nações e seus dirigentes estão cegos e não têm mais compromisso com a Bíblia, continuam presos à velha e antiga culpa, que é impossível de ser reparada com quaisquer bens materiais. Ninguém pode resgatar sua culpa por meio de ouro ou dinheiro! Deus não aceita nenhuma negociação de indulgências. A Palavra de Deus diz que as nações se tornaram cegas: "obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração" (Ef 4.18).

Alguém que odiava os judeus perguntou a um velho judeu:

"O que você pensa que acontecerá com o seu povo se nós continuarmos perseguindo vocês"? O judeu respondeu: "Haverá um novo feriado para nós!" "O que você quer dizer com isso?", perguntou o outro, "como vocês podem ter um novo feriado se continuarmos perseguindo vocês?" O velho judeu disse: "Veja bem, Faraó quis nos exterminar – e nós recebemos um feriado: a Páscoa! Hamã quis enforcar Mordecai e exterminar todos os judeus – e nós recebemos um novo feriado: Purim! Antiôco, o rei da Síria, quis exterminar os judeus. Ele ofereceu um porco ao deus Júpiter no templo – e Israel recebeu outro feriado: Hanucah! Hitler quis nos exterminar – e nós recebemos mais um feriado: Yom Ha’atzmaut, o Dia da Independência! Os jordanianos ocuparam Jerusalém Oriental durante 19 anos, impedindo-nos de orar no Muro das Lamentações, até que, no ano de 1967, nossos soldados libertaram Jerusalém Oriental. Desde então festejamos anualmente o Yom Yerushalaym, o Dia de Jerusalém! E caso continuarem nos perseguindo, receberemos mais feriados da parte de Deus!" E o velho judeu tem razão!

Esta história continua sendo escrita: Israel receberá outro feriado. O monumento já foi levantado. No mundo inteiro só existe um único monumento a uma guerra que ainda não aconteceu. Qualquer um tem a oportunidade de vê-lo em Megido, e a placa indicativa diz que, de acordo com Apocalipse 16.16, Deus reunirá as nações para a guerra em Armagedom. Mas não somente isso. Também se cumprirá Zacarias 14.12 assim que os inimigos de Israel atacarem Jerusalém, e a sentença está lavrada: "Esta será a praga com que o Senhor ferirá a todos os povos que guerrearem contra Jerusalém: a sua carne se apodrecerá, estando eles de pé, apodrecer-se-lhes-ão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua na boca." Por causa das armas químicas, esse cenário apocalíptico se torna compreensível. Mas nós cremos na promessa divina: "Porque eu sou contigo, diz o Senhor, para salvar-te; por isso, darei cabo de todas as nações entre as quais te espalhei; de ti, porém, não darei cabo, mas castigar-te-ei em justa medida e de todo não te inocentarei" (Jr 30.11).

Da mesma maneira Deus procedeu com os israelitas na Pérsia. O livro de Ester relata uma história estranha, que soa como um conto de fadas das mil e uma noites. A vida majestosa e cheia de pompa do Oriente e as intrigas que faziam parte da corte real da Pérsia são descritas de maneira muito realista: uma grande parte de Israel não conseguia se decidir a obedecer aos profetas, Isaías e Jeremias, para deixar a Babilônia e voltar para a sua terra, embora a ordem do Senhor fosse clara: "Saí da Babilônia, fugi de entre os caldeus" (Is 48.20a), e "Saí do meio dela, ó povo meu, e salve cada um a sua vida do brasume da ira do Senhor" (Jr 51.45). O período de 70 anos de cativeiro no exílio, conforme os profetas haviam anunciado, estava no fim. O templo deveria ser novamente edificado em Jerusalém e os sacrifícios reinstituídos. Mas os judeus que haviam ficado não mostraram nenhuma vontade nesse sentido. Obviamente eles preferiram se assimilar e se acomodar na terra próspera onde se encontravam. Aí se manifestou novamente a desobediência obstinada: "Mas o meu povo não me quis escutar a voz, e Israel não me atendeu. Assim, deixei-o andar na teimosia do seu coração; siga os seus próprios conselhos" (Sl 81.11-12). Isso teve por conseqüência inevitável: "Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a mão, e não houve quem atendesse; antes, rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão, também eu me rirei na vossa desventura, e, em vindo o vosso terror, eu zombarei" (Pv 1.24-26).

Esta não é uma séria advertência para nós? Quem pensa que sabe tudo melhor e persiste na teimosia, traz sobre si infortúnio e infelicidade. Foi a grande misericórdia de Deus que fez com que Ele, assim mesmo, aceitasse Seu povo desesperado e o salvasse para a Sua honra. A Sua misericordiosa providencial protegeu o resto do povo do aniquilamento total, e Ele também o fará no futuro! A decisão de Hamã de exterminar os judeus e enforcar Mordecai foi frustrada pelo corajoso ato da Hadassa (= Ester). "Se morrer, morrerei"! Com essa decisão corajosa ela não apenas frustrou o plano de Hamã, mas também do rei, agindo em favor do seu povo. E Hamã experimentou o dito: aquele que prepara uma forca para Israel será pendurado nela!

Mas hoje, quem tem coragem de falar a favor de Israel? Aquele que abençoa Israel será abençoado! Em memória do maravilhoso livramento da mão de Hamã, Israel festeja a cada ano, no dia 14 de adar, a Festa de Purim. Todavia, o dia de grande alegria ainda está por vir, pois Isaías anuncia ao "vermezinho de Jacó": "Em lugar da vossa vergonha, tereis dupla honra; em lugar da afronta, exultareis na vossa herança; por isso, na vossa terra possuireis o dobro e tereis perpétua alegria" (Is 61.7). (Burkhard Vetsch - http://www.chamada.com.br)

Conflito em Família no Oriente Médio


Abraão é chamado de pai de todos os que crêem. Mas apenas através de Isaque, de Jacó e de seus descendentes é que Deus prometeu cumprir a Sua intenção de estabelecer o Reino de Deus na terra e oferecer salvação à humanidade. A seguir, veremos como os erros de Abraão geraram um grande conflito que chega até nossos dias no Oriente Médio. Abraão também é considerado o pai dos árabes.

O século XX será conhecido como o mais turbulento da história humana. Durante seus primeiros 45 anos, houve duas guerras mundiais que dizimaram milhões e milhões de pessoas. Esse foi o século em que o comunismo começou a florescer na Rússia e se espalhou pelo mundo. Contudo, vimos também o colapso interno do comunismo, vividamente demonstrado na queda do Muro de Berlim.

Foi no século XX que vimos também a ascensão de um espírito sinistro que enganou o povo através da tentativa de solucionar o chamado problema mundial judaico. O mesmo espírito foi responsável pelo surgimento da estrutura de poder anti-semita mais temida que o mundo já conheceu. Mais de 6 milhões de judeus pereceram nas mãos do assassino regime nazista alemão, sob a liderança de Adolf Hitler.

O Regresso dos Judeus

No século XX também experimentamos algo absolutamente singular: o retorno dos judeus à terra de seus pais. Ao final do século XIX, os primeiros colonizadores judeus começaram a chegar à terra de Israel. Eles se uniram com aqueles que já estavam ali e começaram a cultivar as partes do território chamado de Palestina. Seu objetivo era restaurar a terra, trazê-la de volta à vida e produzir comida para o povo que ainda haveria de chegar.

Naqueles primeiros dias, a terra parecia sem qualquer esperança. Mas os judeus persistiram, e o fruto do seu trabalho foi a fundação do Estado de Israel no dia 14 de maio de 1948. Desde aquela época, o foco das atenções transferiu-se dramaticamente do novo mundo, os Estados Unidos, para o velho mundo, o Oriente Médio, como sendo o centro do futuro.

Paralelamente ao desenvolvimento do moderno sionismo, com seu alvo de fazer os judeus voltarem à terra de Sião, surgiu também a fenomenal explosão da importância das nações árabes. De repente e sem que se pudesse esperar, o mundo industrializado viu-se à mercê do mundo árabe que controlava as vastas reservas de petróleo. Enquanto centenas de livros são escritos acerca do conflito do Oriente Médio e um volume de documentos quase inesgotável está à nossa disposição, queremos salientar que o conflito todo não é simplesmente algo político, religioso, militar ou econômico, mas, na realidade, é um conflito familiar. Assim como dois filhos de uma família brigam por um brinquedo, judeus e árabes continuam a brigar pela herança: a terra de Israel.

Abraão: o Início de Israel e dos Árabes

Abraão é o homem com quem esse conflito árabe/judeu começou. Ele foi uma pessoa singular porque recebeu uma promessa muito especial de Deus, o Criador.

No capítulo 11 de Gênesis lemos a respeito da tentativa malograda de conseguir uma unidade mundial através da Torre de Babel, que supostamente deveria atingir os céus. Em Gênesis 12 lemos, então: "Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra" (vv. 1-3).

Não se trata de uma bênção pronunciada por um sacerdote, um profeta ou algum grande dignitário. Esta bênção foi confirmada pela promessa quádrupla dada a Abraão por ninguém menos do que o próprio Criador do céu e da terra, o Deus eterno que sempre foi, que é e que sempre será!

Esse homem, Abraão, foi instruído por Deus a deixar tudo para trás e fazer uma jornada à Terra Santa. Ele teve de deixar seu país, sua parentela, até mesmo a casa de seu pai, e viajar para um lugar que lhe era desconhecido. E esse homem confiou no Deus vivo que lhe havia falado e partiu.

Uma das características singulares de Abraão foi que ele obedeceu naquilo que foi instruído a fazer. Ele creu em Deus e imediatamente agiu. Por esse motivo, lemos no Novo Testamento: "...para vir [Abraão] a ser o pai de todos os que crêem..." (Romanos 4.11).

Abraão era um admirável e fiel servo do Senhor. Ele creu em Deus mais do que em qualquer outra coisa. Todavia, em algumas ocasiões, Abraão permitiu que a sua carne corresse em paralelo à sua vida de fé.

Por isso o conflito que vemos hoje no Oriente Médio pode ser remontado às origens desse grande patriarca do povo de Israel e dos árabes.

Abraão e os Árabes

A paciência de Sarai, esposa de Abraão, esgotou-se primeiro: "Disse Sarai a Abrão: Eis que o SENHOR me tem impedido de dar à luz filhos; toma, pois, a minha serva, e assim me edificarei com filhos por meio dela. E Abrão anuiu ao conselho de Sarai" (Gênesis 16.2).

Abraão, que tinha 86 anos de idade, teve um momento de fraqueza. Ele se esqueceu de Deus e logicamente chegou ao ponto onde também deve ter pensado: "Nós temos de fazer alguma coisa!"

Pode bem ser que ele tenha concordado com Sarai, julgado ser essa a solução do Senhor, e deste modo seguido o conselho de sua esposa.

"Ele a possuiu, e ela concebeu. Vendo ela que havia concebido, foi sua senhora por ela desprezada" (v. 4).

Obviamente, esse não era o caminho que Deus planejara para dar uma descendência numerosa a Abraão. Imediatamente começaram os problemas. Sarai, a legítima esposa, passou a ser desprezada aos olhos de sua serva Hagar, que deu a Abraão um filho, o seu primogênito, chamado Ismael.

Se Abraão e Sara reconheceram que aquilo que fizeram estava errado, não há evidência disso nas Escrituras.

Treze anos mais tarde, entretanto, Deus falou a Abrão, agora com 99 anos de idade, repetindo novamente a promessa que Ele lhe fizera anos atrás.

Mas então Deus mudou o nome de Abrão para Abraão. Abrão significa "pai das alturas" ou "pai exaltado", e Abraão significa "pai de multidão".

A Oração de Abraão pelos Árabes

Depois de receber outras instruções, Abraão aparentemente começou a pensar que Deus estava confirmando Ismael como Sua semente escolhida. Ele orou: "...Tomara que viva Ismael diante de ti!" (Gênesis 17.18).

Mas Deus rapidamente o corrigiu: "De fato, Sara, tua mulher, te dará um filho, e lhe chamarás Isaque; estabelecerei com ele a minha aliança, aliança perpétua para a sua descendência" (v. 19).

Apesar disso, Deus afirmou muito especificamente que havia ouvido as orações de Abraão a favor de Ismael: "Quanto a Ismael, eu te ouvi: abençoá-lo-ei, fá-lo-ei fecundo e o multiplicarei extraordinariamente; gerará doze príncipes, e dele farei uma grande nação" (v. 20). Mas o Senhor enfatizou que Ismael não era o portador da aliança, mas sim Isaque: "A minha aliança, porém, estabelecê-la-ei com Isaque, o qual Sara te dará à luz, neste mesmo tempo, daqui a um ano" (v. 21).

Bênçãos para Ismael

A escolha de Isaque, entretanto, não diminuiu a tremenda bênção sobre Ismael. Ismael deveria ser abençoado, ser frutífero, multiplicar-se, não apenas de maneira normal, mas "extraordinariamente". Ele seria pai de 12 príncipes e não se tornaria apenas uma nação, mas "uma grande nação".

O cumprimento dessa profecia encontra-se em Gênesis 25. Lemos na genealogia de Ismael que dele realmente descenderam 12 príncipes.

Ismael, portanto, não deve ser menosprezado ou rejeitado, pois Deus deu a ele e a seus descendentes grandiosas bênçãos e as promessas que acabamos de citar.

Entretanto, os descendentes de Ismael tornaram-se inimigos ferrenhos de Israel, descendentes de Isaque (veja Salmo 83). E permanecem assim até o dia de hoje.

Outros Descendentes de Abraão

Sara, a amada esposa de Abraão, deu à luz ao filho da promessa com 90 anos de idade e acabou morrendo aos 127 anos. Após Abraão ter enviado o seu servo para procurar uma esposa para Isaque, o que, incidentalmente, fornece-nos um quadro profético da Noiva de Cristo, achou obviamente que o seu chamado estava completado, que o seu ministério estava concluído.

Depois que Isaque se casou com Rebeca, Gênesis 25 diz: "Desposou Abraão outra mulher; chamava-se Quetura. Ela lhe deu à luz a Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Isbaque e Suá. Jocsã gerou a Seba e a Dedã; os filhos de Dedã foram: Assurim, Letusim e Leumim. Os filhos de Midiã foram: Efá, Efer, Enoque, Abida e Elda. Todos estes foram filhos de Quetura. Abraão deu tudo o que possuía a Isaque. Porém, aos filhos das concubinas que tinha, deu ele presentes e, ainda em vida, os separou de seu filho Isaque, enviando-os para a terra oriental" (vv. 1-6). Abraão, já em idade avançada, criou outra família!

Pesquisando sobre a genealogia dessa família, descobrimos que os filhos de Abraão com Quetura também se tornaram inimigos ferrenhos de Israel. Portanto, vemos claramente que os árabes em geral, que reivindicam ter Abraão como pai, certamente pertencem à mesma família e estão ligados a Israel.

Nesse contexto, é extremamente interessante observar o que mostrou uma pesquisa recente:

Estudo de DNA comprova que judeus e árabes são parentes próximos, como diz a Bíblia

(...) Com uma nova técnica baseada no estudo da descendência masculina, biólogos concluíram que as várias populações judaicas não apenas são parentes próximas umas das outras, mas também de palestinos, libaneses e sírios. A descoberta significa que todos são originários de uma mesma comunidade ancestral, que viveu no Oriente Médio há 4000 anos. Em termos genéticos significa parentesco bem próximo, maior que o existente entre os judeus e a maioria das outras populações. Quatro milênios representam apenas 200 gerações, tempo muito curto para mudanças genéticas significativas. Impressiona como o resultado da pesquisa é coerente com a versão expressa da Bíblia de que os árabes e judeus descendem de um ancestral comum, o patriarca Abraão.

(...) Os pesquisadores perceberam também que, apesar da longa diáspora, as populações judaicas mantiveram intacta a identidade biológica (...) O resultado não apenas está de acordo com a tradição bíblica como refuta as teses de que as comunidades judaicas atuais consistem principalmente de descendentes de convertidos de outras crenças... (Veja, 17/5/2000, p. 86, ênfase acrescentada)

Unidade Final

O conflito familiar no Oriente Médio não pode ser resolvido por diplomatas, nem pelos Estados Unidos, nem pela Europa e nem pelas Nações Unidas.

Apenas o próprio Senhor, o Príncipe da Paz, haverá de consegui-lo, pois Ele pagou o preço pela paz. Ele sozinho é capaz de promover a reconciliação; não a que é elaborada por hábeis políticos, num pedaço de papel, mas Ele ordenará a paz com base em Suas palavras: "...Está consumado!" Essas palavras estão seladas com Seu sangue eternamente eficaz. O verdadeiro preço pela paz já foi pago por completo!

Quando Israel finalmente O enxergar como Aquele a quem eles traspassaram e reconhecerem a Ele, o Salvador do mundo, o Messias de Israel, isto não mais ficará em segredo, mas também atingirá todas as nações ao redor de Israel. Deus, então, fará cumprir todas as promessas que deu a todos os filhos de Abraão.

O profeta Isaías previu o poder unificador do Senhor há mais de 2.700 anos: "Naquele dia, haverá estrada do Egito até à Assíria, os assírios irão ao Egito, e os egípcios, à Assíria; e os egípcios adorarão com os assírios. Naquele dia, Israel será o terceiro com os egípcios e os assírios, uma bênção no meio da terra; porque o SENHOR dos Exércitos os abençoará, dizendo: Bendito seja o Egito, meu povo, e a Assíria, obra de minhas mãos, e Israel, minha herança" (Isaías 19.23-25). (Arno Froese - http://www.chamada.com.br)
Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, setembro de 2000.

A Igreja do gosto do freguês


O movimento chamado "igreja ao gosto do freguês" está invadindo muitas denominações evangélicas, propondo evangelizar através da aplicação das últimas técnicas de marketing. Tipicamente, ele começa pesquisando os não-crentes (que um dos seus líderes chama de "desigrejados" ou "João e Maria desigrejados"). A pesquisa questiona os que não freqüentam quaisquer igrejas sobre o tipo de atração que os motivaria a assistir às reuniões. Os resultados do questionário mostram as mudanças que poderiam ser feitas nos cultos e em outros programas para atrair os "desigrejados", mantê-los na igreja e ganhá-los para Cristo. Os que desenvolvem esse método garantem o crescimento das igrejas que seguirem cuidadosamente suas diretrizes aprovadas. Praticamente falando, dá certo!

Duas igrejas são consideradas modelos desse movimento: Willow Creek Community Church (perto de Chicago), pastoreada por Bill Hybels, e Saddleback Valley Church (ao sul de Los Angeles) pastoreada por Rick Warren. Sua influência é inacreditável. Willow Creek formou sua própria associação de igrejas, com 9.500 igrejas-membros. Em 2003, 100.000 líderes de igrejas assistiram no mínimo a uma conferência para líderes realizada por Willow Creek. Acima de 250.000 pastores e líderes de mais de 125 países participaram do seminário de Rick Warren ("Uma Igreja com Propósitos"). Mais de 60 mil pastores recebem seu boletim semanal.

Visitamos Willow Creek há algum tempo. Pareceu-nos que essa igreja não poupa despesas em sua missão de atrair as massas. Depois de passar por cisnes deslizando sobre um lago cristalino, vê-se o que poderia ser confundido com a sede de uma corporação ou um shopping center de alto padrão. Ao lado do templo existe uma grande livraria e uma enorme área de alimentação completa, que oferece cinco cardápios diferentes. Uma tela panorâmica permite aos que não conseguiram lugar no santuário ou que estão na praça de alimentação assistirem aos cultos. O templo é espaçoso e moderno, equipado com três grandes telões e os mais modernos sistemas de som e iluminação para a apresentação de peças de teatro e musicais.

Sem dúvida, Willow Creek é imponente, mas não é a única megaigreja que tem como alvo alcançar os perdidos através dos mais variados métodos. Megaigrejas através dos EUA adicionam salas de boliche, quadras de basquete, salões de ginástica e sauna, espaços para guardar equipamentos, auditórios para concertos e produções teatrais, franquias do McDonalds, tudo para o progresso do Evangelho. Pelo menos é o que dizem. Ainda que algumas igrejas estejam lotadas, sua freqüência não é o único elemento que avaliamos ao analisar essa última moda de "fazer igreja".

O alvo declarado dessas igrejas é alcançar os perdidos, o que é bíblico e digno de louvor. Mas o mesmo não pode ser dito quanto aos métodos usados para alcançar esse alvo. Vamos começar pelo marketing como uma tática para alcançar os perdidos. Fundamentalmente, marketing traça o perfil dos consumidores, descobre suas necessidades e projeta o produto (ou imagem a ser vendida) de tal forma que venha ao encontro dos desejos do consumidor. O resultado esperado é que o consumidor compre o produto. George Barna, a quem a revista Christianity Today (Cristianismo Hoje) chama de "o guru do crescimento da igreja", diz que tais métodos são essenciais para a igreja de nossa sociedade consumista. Líderes evangélicos do movimento de crescimento da igreja reforçam a idéia de que o método de marketing pode ser aplicado – e eles o têm aplicado – sem comprometer o Evangelho. Será?

Em primeiro lugar o Evangelho, e mais significativamente a pessoa de Jesus Cristo, não cabem em nenhuma estratégia de mercado. Não são produtos a serem vendidos. Não podem ser modificados ou adaptados para satisfazer as necessidades de nossa sociedade consumista. Qualquer tentativa nessa direção compromete de algum modo a verdade sobre quem é Cristo e do que Ele fez por nós. Por exemplo, se os perdidos são considerados consumidores, e um mandamento básico de marketing diz que o freguês sempre tem razão, então qualquer coisa que ofenda os perdidos deve ser deixada de lado, modificada ou apresentada como sem importância. A Escritura nos diz claramente que a mensagem da cruz é "loucura para os que se perdem" e que Cristo é uma "pedra de tropeço e rocha de ofensa" (1 Co 1.18 e 1 Pe 2.8).

Algumas igrejas voltadas ao consumidor procuram evitar esse aspecto negativo do Evangelho de Cristo enfatizando os benefícios temporais de ser cristão e colocando a pessoa do consumidor como seu principal ponto de interesse. Mesmo que essa abordagem apele para a nossa geração acostumada à gratificação imediata, ela não é o Evangelho verdadeiro nem o alvo de vida do crente em Cristo.

Em segundo lugar, se você quiser atrair os perdidos oferecendo o que possa interessá-los, na maior parte do tempo estará apelando para seu lado carnal. Querendo ou não, esse parece ser o modus operandi dessas igrejas. Elas copiam o que é popular em nossa cultura – músicas das paradas de sucesso, produções teatrais, apresentações estimulantes de multimídia e mensagens positivas que não ultrapassam os trinta minutos. Essas mensagens freqüentemente são tópicas, terapêuticas, com ênfase na realização pessoal, salientando o que o Senhor pode oferecer, o que a pessoa necessita – e ajudando-a na solução de seus problemas.

Essas questões podem não importar a um número cada vez maior de pastores evangélicos, mas, ironicamente, estão se tornando evidentes para alguns observadores seculares. Em seu livro The Little Church Went to Market (A Igrejinha foi ao Mercado), o pastor Gary Gilley observa que o periódico de marketing American Demographics reconhece que as pessoas estão:

...procurando espiritualidade, não a religião. Por trás dessa mudança está a procura por uma fé experimental, uma religião do coração, não da cabeça. É uma expressão de religiosidade que não dá valor à doutrina, ao dogma, e faz experiências diretamente com a divindade, seja esta chamada "Espírito Santo" ou "Consciência Cósmica" ou o "Verdadeiro Eu". É pragmática e individual, mais centrada em redução de stress do que em salvação, mais terapêutica do que teológica. Fala sobre sentir-se bem, não sobre ser bom. É centrada no corpo e na alma e não no espírito. Alguns gurus do marketing começaram a chamar esse movimento de "indústria da experiência" (pp. 20-21). Existe outro item que muitos pastores parecem estar deixando de considerar em seu entusiasmo de promover o crescimento da igreja atraindo os não-salvos. Mesmo que os números pareçam falar mais alto nessas "igrejas ao gosto do freguês" (um número surpreendente de igrejas nos EUA (841) alcançaram a categoria de megaigreja, com 2.000 a 25.000 pessoas presentes nos finais de semana), poucos perceberam que o aumento no número de membros não se deve a um grande número de "desigrejados" juntando-se à igreja.

Durante os últimos 70 anos, a percentagem da população dos EUA que vai à igreja tem sido relativamente constante (mais ou menos 43%). Houve um crescimento, chegando a 49% em 1991 (no tempo do surgimento dessa nova modalidade de igreja), mas tal crescimento diminuiu gradualmente, retornando a 42% em 2002 (www.barna.org). De onde, então, essas megaigrejas, que têm se esforçado para acomodar pessoas que nunca se interessaram pelo Evangelho, conseguem seus membros? Na maior parte, de igrejas menores que não estão interessadas ou não têm condições financeiras de propiciar tais atrações mundanas. O que dizer das multidões de "desigrejados" que supostamente se chegaram a essas igrejas? Essas pessoas constituem uma parcela muito pequena das congregações. G.A. Pritchard estudou Willow Creek por um ano e escreveu um livro intitulado Willow Creek Seeker Services (Baker Book House, 1996). Nesse livro ele estima que os "desigrejados", que seriam o público-alvo, constituem somente 10 ou 15% dos 16.000 membros que freqüentam os cultos de Willow Creek.

Se essa percentagem é típica entre igrejas "ao gosto do freguês", o que provavelmente é o caso, então a situação é bastante perturbadora. Milhares de igrejas nos EUA e em outros países se reestruturaram completamente, transformando-se em centros de atração para "desigrejados". Isso, aliás, não é bíblico. A igreja é para a maturidade e crescimento dos santos, que saem pelo mundo para alcançar os perdidos. Contudo, essas igrejas voltaram-se para o entretenimento e a conveniência na tentativa de atrair "João e Maria", fazendo-os sentirem-se confortáveis no ambiente da igreja. Para que eles continuem freqüentando a "igreja ao gosto do freguês", evita-se o ensino profundo das Escrituras em favor de mensagens positivas, destinadas a fazer as pessoas sentirem-se bem consigo mesmas. À medida que "João e Maria" continuarem freqüentando a igreja, irão assimilar apenas uma vaga alusão ao ensino bíblico que poderá trazer convicção de pecado e verdadeiro arrependimento. O que é ainda pior, os novos membros recebem uma visão psicologizada de si mesmos que deprecia essas verdades. Contudo, por pior que seja a situação, o problema não termina por aí.

A maior parte dos que freqüentam as "igrejas ao gosto do freguês" professam ser cristãos. No entanto, eles foram atraídos a essas igrejas pelas mesmas coisas que atraíram os não-crentes, e continuam sendo alimentados pela mesma dieta biblicamente anêmica, inicialmente elaborada para não-cristãos. Na melhor das hipóteses, eles recebem leite aguado; na pior das hipóteses, "alimento" contaminado com "falatórios inúteis e profanos e as contradições do saber, como falsamente lhe chamam" (2 Tm 6.20) . Certamente uma igreja pode crescer numericamente seguindo esses moldes, mas não espiritualmente.

Além do mais, não há oportunidades para os crentes crescerem na fé e tornarem-se maduros em tal ambiente. Tentando defender a "igreja ao gosto do freguês", alguns têm argumentado que os cultos durante a semana são separados para discipulado e para o estudo profundo das Escrituras. Se esse é o caso, trata-se de uma rara exceção e não da regra!

Como já notamos, a maioria dessas igrejas, no uso do seu tempo, energia e finanças tem como alvo acomodar os "desigrejados". Conseqüentemente, semana após semana, o total da congregação recebe uma mensagem diluída e requentada. Então, na quarta-feira, quando a congregação usualmente se reduz a um quarto ou a um terço do tamanho normal, será que esse pequeno grupo recebe alimentação sólida da Palavra de Deus, ensino expositivo e uma ênfase na sã doutrina? Dificilmente. Nunca encontramos uma "igreja ao gosto do freguês" onde isso acontecesse. As "refeições espirituais" oferecidas nos cultos durante a semana geralmente são reuniões de grupos e aulas visando o discernimento dos dons espirituais, ou o estudo de um "best-seller" psico-cristão, ao invés do estudo da Bíblia.

Talvez o aspecto mais negativo dessas igrejas seja sua tentativa de impressionar os "desigrejados" ao mencionar especialistas considerados autoridades em resolver todos os problemas mentais, emocionais e comportamentais das pessoas: psicólogos e psicanalistas. Nada na história da Igreja tem diminuído tanto a verdade da suficiência da Palavra de Deus no tocante a "todas as coisas que conduzem à vida e à piedade" (2 Pe 1.3) como a introdução da pseudociência da psicoterapia no meio cristão. Seus milhares de conceitos e centenas de metodologias não-comprovados são contraditórios e não científicos, totalmente não-bíblicos, como já documentamos em nossos livros e artigos anteriores. Pritchard observa:

...em Willow Creek, Hybels não somente ensina princípios psicológicos, mas freqüentemente usa esses mesmos princípios como guias interpretativos para sua exegese das Escrituras – o rei Davi teve uma crise de identidade, o apóstolo Paulo encorajou Timóteo a fazer análise e Pedro teve problemas em estabelecer seus limites. O ponto crítico é que princípios psicológicos são constantemente adicionados ao ensino de Hybels" (p. 156).

Durante minha visita a Willow Creek, o pastor Hybels trouxe uma mensagem que começou com as Escrituras e se referia aos problemas que surgem quando as pessoas mentem. Contudo, ele se apoiou no psiquiatra M. Scott Peck, o autor de The Road Less Travelled (Simon & Schuster, 1978) quanto às conseqüências desastrosas da mentira. Nesse livro, M. Scott Peck declara (pp. 269-70): "Deus quer que nos tornemos como Ele mesmo (ou Ela mesma)"!

A Saddleback Community Church está igualmente envolvida com a psicoterapia. Apesar de se dizer cristocêntrica e não centrada na psicologia, essa igreja tem um dos maiores números de centros dos Alcoólicos Anônimos e patrocina mais de uma dúzia de grupos de ajuda como "Filhos Adultos Co-Dependentes de Viciados em Drogas", "Mulheres Co-Viciadas Casadas com Homens Compulsivos Sexuais ou com Desordens de Alimentação" e daí por diante. Cada grupo é normalmente liderado por alguém "em recuperação" e os autores dos livros usados incluem psicólogos e psiquiatras (www.celebraterecovery.com). Apesar de negar o uso de psicologia popular, muito dela permeia o trabalho de Rick Warren, incluindo seu best-seller The Purpose Driven Life (A Vida Com Propósito), que já rendeu sete milhões de dólares. Em sua maior parte, o livro fala de satisfação pessoal, promove a celebração da recuperação e está cheio de psicoreferências tais como "Sansão era dependente".

A mensagem principal vinda das igrejas psicologicamente motivadas de Willow Creek e Saddleback é a de que a Palavra de Deus e o poder do Espírito Santo são insuficientes para livrar uma pessoa de um pecado habitual e para transformá-la em alguém cuja vida seja cheia de fruto e agradável a Deus. Entretanto, o que essas igrejas dizem e fazem tem sido exportado para centenas de milhares de igrejas ao redor do mundo.

Grande parte da igreja evangélica desenvolveu uma mentalidade de viagem de recreio em um cruzeiro cheio de atrações, mas isso vai resultar num "Titanic espiritual". Os pastores de "igrejas ao gosto do freguês" (e aqueles que estão desejando viajar ao lado deles) precisam cair de joelhos e ler as palavras de Jesus aos membros da igreja de Laodicéia (Ap 3.14-21). Eles eram "ricos e abastados" e, no entanto, deixaram de reconhecer que aos olhos de Deus eram "infelizes, miseráveis, pobres, cegos e nus". Jesus, fora da porta dessas igrejas, onde O colocaram desapercebidamente, oferece Seu conselho, a verdade da Sua Palavra, o único meio que pode fazer com que suas vidas sejam vividas conforme Sua vontade. Não pode existir nada melhor aqui na terra e na Eternidade!


Fonte: chamada.com.br